O SINAL DO PÃO DA VIDA
As multidões que tinham sido saciadas de pão continuam procurando Jesus, na esperança de que ele lhes dê alimento fácil. Querem milagres, pois não compreendem os sinais que Jesus realiza.
Vale uma comparação com as placas de trânsito. Só consegue entender o que elas sinalizam quem aprendeu a lê-las. As placas estão espalhadas pelo caminho para dar indicações fundamentais ao viajante. Assim as ações de Jesus. Se olhamos para suas ações e não conseguimos entender o que significam ou o que querem sinalizar, elas serão para nós simples milagres ou atos isolados para resolver o problema de uma pessoa ou de um grupo.
A obra de Deus é que creiamos naquele que ele enviou. Crer em Jesus é exatamente segui-lo num caminho de aprendizado, para ver o que ele fez e falou e então saber ler e seguir hoje os seus sinais. Nossa vocação é, de fato, o aprendizado dos sinais.
O que Jesus fez foi saciar cinco mil homens com cinco pães e dois peixes. Mas o sinal que ele deixou, com esta ação, é o que mais conta. Jesus não apenas repartiu o pão material e saciou momentaneamente a fome daquela gente, mas se doou a si mesmo como Pão da vida, a fim de matar uma fome mais profunda, para sempre. Ver este sinal de Jesus é compreender que ele deixou sua vida como Pão que alimenta. Acreditando nele, alimentando-se dele, assimilando seu modo de agir e de se doar pelos outros, a consequência só pode ser uma: quando todos partilhamos o que temos, ainda que seja pouco, todos ficam saciados e ainda sobra.
Jesus questiona, fundamentalmente, por que o procuramos e o que buscamos neste mundo. Podemos procurar milagres ou a satisfação de nossas necessidades pessoais, sem compreender que nossa fome de Deus e de vida eterna só se sacia assimilando o modo de ser e de agir de nosso Mestre, que doou a própria vida pela vida do mundo.
Quais sinais de Jesus já encontramos? Ou ainda estamos tão somente à espera de milagres?
Pe. Paulo Bazaglia, ssp

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.
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