QUEM É JESUS PARA NÓS?
Jesus despertou o interesse de muita gente ao longo dos séculos. Uns motivados por simples curiosidade, outros pelo desejo de conhecê-lo para segui-lo.
Pedro mostra ser mais fácil aceitar e seguir Jesus, o Filho de Deus, o enviado do Pai, do que se comprometer com o “Messias servo e sofredor”, o Cristo do calvário. Quando nos confrontamos com a cruz, pensamos duas vezes antes de nos comprometer. Proclamar Jesus glorioso, rei do universo, é bonito e fascina, mas seguir Jesus com a cruz e na cruz é algo que poucos se animam a fazer.
No entanto, quem quiser segui-lo com compromisso terá de assumir a própria cruz. Não há seguimento de Jesus sem a cruz de cada dia: renúncia a si mesmo, doação ao seu projeto, aceitação dos desafios decorrentes da missão… Não precisamos inventar cruzes nem ser masoquistas, tanto menos nos conformar com sofrimento desnecessário, pois a vida de seguimento de Jesus já implica renúncias e critérios de conduta bem claros.
Professar Jesus significa ser solidário com os sofredores, não se conformar com a injustiça e a corrupção, não aceitar o desrespeito aos direitos humanos. O Documento de Aparecida lembra que os direitos básicos são desrespeitados no rosto dos que sofrem: povos indígenas e afro-americanos; mulheres excluídas e idosos abandonados; jovens sem estudo e sem emprego; pobres sem terra e sem teto; desempregados, e tantos outros (cf. DAp 65).
Não se pode compreender Jesus sem a cruz. Não somente a cruz que carregou no fim da vida e em que morreu, mas a cruz do dia a dia: fidelidade ao Pai, opção pelos pobres, compromisso com a justiça e o reino, doação da própria vida por amor ao ser humano. Somente quando compreendermos e experimentarmos que o discipulado cristão é seguir o caminho da cruz, da doação e do serviço é que estaremos caminhando na estrada de Jesus.
Pe. Nilo Luza, ssp

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.
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