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Bíblia Sagrada - Edição Pastoral
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11

1 Sejam meus imitadores, como também eu o sou de Cristo.

3. Assembléias litúrgicas

O véu das mulheres -* 2 Eu elogio vocês, porque em todas as ocasiões se lembram de mim, e porque conservam as tradições conforme eu transmiti. 3 Todavia, quero que vocês saibam que a cabeça de todo homem é Cristo, que a cabeça da mulher é o homem, e a cabeça de Cristo é Deus. 4 Todo homem que reza ou profetiza de cabeça coberta, desonra a sua cabeça. 5 Mas toda mulher que reza ou profetiza de cabeça descoberta, desonra a sua cabeça; é como se estivesse com a cabeça raspada. 6 Se a mulher não se cobre com o véu, mande cortar os cabelos. Mas, se é vergonhoso para uma mulher ter os cabelos cortados ou raspados, então cubra a cabeça.

7 O homem não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e a glória de Deus; mas a mulher é a glória do homem. 8 Pois o homem não foi tirado da mulher, mas a mulher foi tirada do homem. 9 E o homem não foi criado para a mulher, mas a mulher foi criada para o homem. 10 Sendo assim, a mulher deve trazer sobre a cabeça o sinal da sua dependência, por causa dos anjos. 11 Portanto, diante do Senhor, a mulher é inseparável do homem, e o homem da mulher. 12 Pois, se a mulher foi tirada do homem, o homem nasce da mulher, e tudo vem de Deus.

13 Julguem por vocês mesmos: será conveniente que uma mulher reze a Deus sem estar coberta com o véu? 14 A própria natureza ensina que é desonroso para o homem ter cabelos compridos; 15 no entanto, para a mulher é glória ter longa cabeleira, porque os cabelos lhe foram dados como véu. 16 Contudo, se alguém quiser contestar, não temos esse costume, e nem as igrejas de Deus.

Eucaristia e coerência -* 17 Dito isso, não posso elogiar vocês, porque as suas assembléias, em vez de ajudá-los a progredir, os prejudicam. 18 Antes de tudo, ouço dizer que, quando estão reunidos em assembléia, divisões entre vocês. E, em parte, eu acredito nisso. 19 É preciso mesmo que haja divisões entre vocês, a fim de que se veja quem dentre vocês resiste a essa prova. 20 De fato, quando se reúnem, o que vocês fazem não é comer a Ceia do Senhor, 21 porque cada um se apressa em comer a sua própria ceia. E, enquanto um passa fome, outro fica embriagado. 22 Será que vocês não têm suas casas onde comer e beber? Ou desprezam a Igreja de Deus e querem envergonhar aqueles que nada têm? O que vou dizer para vocês? Devo elogiá-los? Não! Nesse ponto não os elogio.

23 De fato, eu recebi pessoalmente do Senhor aquilo que transmiti para vocês. Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 24 e, depois de dar graças, o partiu e disse: «Isto é o meu corpo que é para vocês; façam isto em memória de mim.» 25 Do mesmo modo, após a Ceia, tomou também o cálice, dizendo: «Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que vocês beberem dele, façam isso em memória de mim.» 26 Portanto, todas as vezes que vocês comem deste pão e bebem deste cálice, estão anunciando a morte do Senhor, até que ele venha.

27 Por isso, todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. 28 Portanto, cada um examine a si mesmo antes de comer deste pão e beber deste cálice, 29 pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo, come e bebe a própria condenação. 30 É por isso que entre vocês tantos fracos e enfermos, e muitos morreram. 31 Se nós examinássemos a nós mesmos, não seríamos julgados; 32 mas, o Senhor nos corrige por meio de seus julgamentos, para que não sejamos condenados com o mundo.

33 Em resumo, irmãos, quando vocês se reúnem para a Ceia, esperem uns pelos outros. 34 Se alguém tem fome, coma em sua casa. Assim vocês não estarão se reunindo para a própria condenação. Quanto ao resto darei instruções quandochegar.




* 11,2-16: Para falar da dependência da mulher, aqui são usados os mesmos argumentos machistas dos mestres judeus. De repente, porém, Paulo nota que está negando a igualdade de direitos entre os sexos e volta atrás (vv. 11-12), dando a entender que os argumentos aduzidos têm pouco valor.



* 17-34: O texto é o mais antigo testemunho sobre a Eucaristia: foi escrito no ano 56, dez anos antes dos Evangelhos. No início, a celebração eucarística se fazia depois de uma ceia, onde todos repartiam os alimentos que cada um levava. Em Corinto surge um problema: nas celebrações está havendo divisão de classes sociais e de mentalidades diferentes. Muitos chegam atrasados, provavelmente porque estavam trabalhando, e não encontram mais nada. Resultado: em vez de ser um testemunho de partilha, a celebração está se tornando lugar de ostentação, foco de discriminação e contrastes gritantes. A situação oferece oportunidade para um discernimento: quem é cristão de fato?

Nesse contexto, Paulo relembra a instituição da Eucaristia. Ela é a memória permanente da morte de Jesus como dom de vida para todos (corpo e sangue). A Eucaristia é a celebração da Nova Aliança, isto é, da nova humanidade que nasce da participação no ato de Jesus, não só no culto, mas na vida prática. Por isso, a comunidade que celebra a Eucaristia anuncia o futuro de uma reunião de toda a humanidade.

Voltando ao problema, Paulo interpela a comunidade a examinar-se: Não será uma incoerência celebrar a Eucaristia quando na própria celebração se fazem distinções e se marginalizam os mais pobres? Anteriormente (10,17), Paulo salientara que, ao participar da Eucaristia, a comunidade forma um só corpo. Se a comunidade não entender isso («sem discernir o Corpo», v. 29), estará celebrando a sua própria condenação, pois desligará a Eucaristia do seu antecedente e de suas conseqüências práticas: solidariedade e partilha.

O julgamento do Senhor se manifesta de dois modos: a própria Eucaristia se torna testemunho contra a comunidade; ao mesmo tempo, a fraqueza, doença e morte de muitos membros testemunham a falta de partilha e solidariedade.

Paulo termina com duas orientações práticas: esperar que todos cheguem para começar juntos a reunião (v. 33), e não transformá-la em ocasião de ostentação e gula (vv. 21 e 34).






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