20 de outubro: 29º domingo comum | Paulus Editora

O Domingo
20 de outubro: 29º domingo comum

INSTINTO DE ORAÇÃO

Palavra de Jesus: “É necessário rezar sempre, sem nunca desistir”. Mas será que o mundo de hoje ainda sabe rezar? Pesquisas realizadas anos atrás constatam um fato surpreendente: reza-se mais do que se poderia esperar.

São muitos os que rezam como Jesus manda. Mas ninguém esperaria que até muitos ateus rezassem. Naturalmente, eles não acreditam em Deus, mas, como um deles disse, “se existe, Deus vai me atender”. Quer dizer que muitos nem sabem a quem dirigir sua oração, porém a assumem como valor positivo.

O coração humano nunca vai se conformar com o vazio, com o “nada eterno” ou com o céu despovoado, nem fica satisfeito em fazer da ora-ção um diálogo consigo mesmo, mas almeja uma relação de abertura e diálogo com o infinito.

Sai em busca do outro, de alguém mais forte – não disposto a possuí-lo e explorá-lo –, para com ele estipular uma espécie de nova aliança, a fim de enfrentar as ameaças do hoje atribulado e do amanhã repleto de mistérios.

Percebe-se desse modo que nem o ateísmo nem o materialismo e o consumismo conseguiram destruir o desejo de rezar. E jamais conseguirão, pois o instinto de oração está tão enraizado em nós quanto o instinto de sobrevivência.

Contudo o recado de Jesus – rezar sem nunca desistir – tem para os cristãos um sentido extraordinariamente elevado. Ele nos sugere que nossa oração não pode ser só verbalizada, isto é, feita de palavras, mas deve ser existencial. Em outros termos, nossa existência e nossa maneira de ser e agir é que precisam transformar-se em oração agradável a Deus.

Então, podem mudar governos, partidos políticos e cultura. Nós, porém, ficaremos firmes na fé e em nossa atitude de oração, mantendo os braços levantados, assim como Moisés, até o fim do dia. Até o fim dos tempos.

Pe. Virgílio, ssp


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

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