06 de abril – 5° Domingo da Quaresma | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
06 de abril – 5° Domingo da Quaresma

JESUS, FONTE DA VIDA

A celebração litúrgica deste domingo ressalta o tema da ressurreição e identifica na pessoa de Jesus a fonte da vida, capaz de vivificar até os mortos.

A ressurreição de Lázaro, operada por Cristo, é sinal da vida a nós concedida pela força do Espírito Santo (“Em vós porei meu espírito e vivereis”, Ez 37,14) recebido no batismo, como antecipação e garantia da nossa ressurreição final com Jesus.

De todas as ressurreições realizadas por Jesus, a de Lázaro ganha importância maior, seja por ser o ressuscitado um morto de quatro dias, já sepultado, seja porque é acompanhada de fatos e diálogos que a transformam em “sinal” particular do poder messiânico do Salvador.

Esse sinal já se vislumbra na resposta de Jesus a quem lhe comunica a doença de Lázaro (“Esta enfermidade não é para a morte, mas para a glória de Deus”, Jo 11,14) – atitude que dificilmente seríamos capazes de testemunhar ao ver nossos entes queridos enfermos –, em sua demora em ir a Betânia e, enfim, na surpreendente declaração: “Lázaro está morto…”.

Os fatos acima se mostram destinados a glorificar Jesus como ressurreição e vida para toda a humanidade e, ao mesmo tempo, a aperfeiçoar a fé dos que acreditavam nele e suscitá-la em quem ainda nele não acreditava.

Sobre esses dois pontos insiste Jesus em seu diálogo com Marta. Ela crê. Está convicta de que, se o Mestre estivesse ali, junto deles, seu irmão não teria morrido. Mas Jesus quer dar vida eterna aos que nele creem, por isso declara: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”.

Essas palavras de Jesus ainda hoje nos são válidas. O tempo pode ter passado, nossa fé pode sofrer abalos, o medo pode rondar nossa existência, mas tais palavras estão aí, vivas, convidando-nos a sair em busca de nossa liberdade. De fato, Deus Pai não nos quer como “ossos ressequidos”, abandonados nos túmulos do medo e da falta de fé; ao contrário, pela força de sua Palavra proclamada neste domingo, promete-nos, em Jesus, a vida, alicerçada na graça e livre de toda espécie de escravidão.

Com sua atitude diante da morte do amigo, Jesus mostra que ama toda a humanidade e se solidariza com ela na pessoa dos Lázaros, Martas e Marias de todos os tempos. E nós, como anda nossa capacidade de solidarizar-nos com os Lázaros, Martas e Marias da vida?

Jorge Alves Luiz


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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