Em 2025, chegamos à 44ª edição do Mês Vocacional, instituído em 1981. Nos próximos dias, somos convidados, como Igreja do Brasil, a refletir sobre a beleza de cada vocação na missão de anunciar o Evangelho em todo o País.
O Mês Vocacional nos leva a olhar para a vida como missão, entrega e serviço. Neste ano, iluminados pelo tema: “Peregrinos porque chamados” e pelo lema: “A esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações” (Rm 5,5), nossos olhos se voltam para as diversas vocações: a dos ministros ordenados, dos leigos e leigas, dos consagrados e consagradas, e das famílias.
Cada uma delas revela uma face do Evangelho encarnado no mundo. O que todas têm em comum? O chamado ao amor e à doação. E esse é o grande ponto de encontro entre fé e vocação: toda vocação autêntica nasce da escuta de Deus e se realiza no cuidado com os outros.
Em sua mensagem para o 62° Dia Mundial de Oração pelas Vocações, o papa Francisco afirma:
“A vocação é um dom precioso que Deus semeia nos corações, uma chamada a sair de si mesmo para trilhar um caminho de amor e serviço. E cada vocação na Igreja – seja laical, seja ao ministério ordenado, seja à vida consagrada – é sinal da esperança que Deus nutre pelo mundo e por cada um dos seus filhos.”
Em um mundo marcado por tantas divisões, compreender a própria vida e vocação como dom de Deus é colocar-se a serviço da construção do seu Reino. Por meio dela, buscamos responder a um chamado que nos ultrapassa e, ao mesmo tempo, nos realiza: descobrir, em cada passo, a vontade de Deus para nós e, com coragem, segui-la até o fim.
Na obra Vocação: um sentido à vida, Dom Hilário Moser nos ajuda a encontrar um propósito que valha a pena ao propor reflexões fundamentais: “Para que estou no mundo? O que vou fazer da minha vida? Que sentido quero dar a ela?”
Por meio dessas páginas, somos motivados a buscar um caminho que seja útil aos irmãos e irmãs, especialmente ao Povo de Deus e à Igreja.
O Mês Vocacional é mais do que uma tradição litúrgica, mas uma oportunidade concreta de reavivar o chamado de Deus em nossas vidas. Que este tempo seja marcado pela escuta sincera, pelo discernimento generoso e pela disposição em servir. Afinal, a vocação não é apenas uma escolha pessoal, mas uma resposta de amor ao Deus que chama e confia a cada um de nós uma missão única no mundo.