O Florescimento da Mística: Homens e Mulheres da Nova Mística (1200-1350) | Paulus Editora

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18/04/2018

O Florescimento da Mística: Homens e Mulheres da Nova Mística (1200-1350)

Por Imprensa

Ficha técnica
Título: O Florescimento da Mística: Homens e Mulheres da Nova Mística (1200-1350)
Subtítulo: A Presença de Deus: Uma História da Mística Cristã Ocidental – Tomo III
Autor: Bernard McGinn
Coleção: História da mística cristã ocidental
Acabamento: Brochura
Formato: 16 (larg) x 23 (alt)
Páginas: 528
Área de interesse: Mística

Homens e mulheres da nova mística compõem o eixo editorial deste livro, que dá especial atenção à contribuição das místicas da Idade Média a partir do século 13.

Garimpar a história e os elementos da Mística Medieval pode ser fácil até certo ponto. Ou alguns santos e místicos deixaram seus escritos ou alguém conseguiu mantê-los e preservar uma ampla documentação histórica e literária. Em outros casos, é difícil encontrar uma unidade ou obras que resguardem as autorias e as devidas contribuições. A partir do século 13, houve um vasto florescimento e contribuição de mulheres e escolas místicas no período da Igreja medieval. O florescimento da mística não propõe uma leitura feminista das mulheres místicas, mas uma tentativa justa de elencar autores e autoras místicos do período de 1200 a 1350, feita pelo teólogo e historiador Bernard McGinn.

O livro conta com uma apurada investigação literária e documental das mais variadas escolas e personagens da mística ocidental. Para o autor, fica evidente que o século 13 é marcado por uma “nova mística”. Destaca-se nessa nova visão o aparecimento de inovadoras ordens religiosas, congregações e comunidades laicais. Essas recentes concepções de vida religiosa e de linguagem religiosa trazem efetivas e sérias mudanças para a Igreja e sociedade, inclusive com novos modos de entender e apresentar a consciência direta da presença de Deus.

Esses “tremores” estruturais deram impulsos aos processos de democratização e secularização que veremos se radicalizar nos séculos seguintes. Entenda-se aqui a democratização como uma convicção possível, não teórica, de que todos os cristãos, não apenas a hierarquia, os religiosos e religiosas, podiam gozar da presença de Deus e de uma relação mais direta com Ele. No sentido da secularização, há de se entender que não era preciso fugir do mundo, esconder-se em mosteiros, conventos ou outras práticas religiosas para receber a graça divina. O dia a dia, a cotidianidade torna-se, agora, lugar teológico onde Deus pode ser buscado – basta lembrar o exemplo das beguinas, mulheres não consagradas que viviam em suas casas ou pequenas comunidades em suas vilas e eram exemplos de piedade e vida cristã.

A obra O florescimento da mística: homens e mulheres da nova mística é uma publicação da PAULUS Editora destinada a quem se interessa pela mística cristã. O livro apresenta de maneira clara e ampla o surgimento da mística franciscana, bem como seus místicos e místicas mais conhecidos e também figuras pouco conhecidas. Percorre o caminho do surgimento das beguinas, dando destaque a Maria de Oignies e aos clérigos seus patronos, a Matilde e a Margarida. Aparece também a figura seráfica de Francisco de Assis e da doce Clara de Assis. Encontra-se ainda neste volume o aporte literário-documental sobre a mística feminina em sua ampla diversidade, com mulheres como Hadewich de Antuérpia, as monjas das ordens religiosas do mosteiro cisterciense e também dominicano.

Bernard McGinn ocupa a cátedra Naomi Shenstone Donnelley na Divinity School da Universidade de Chicago – EUA. É amplamente reconhecido como “o maior intérprete da mística ocidental em todo o mundo”.