Neo-Humano: A sétima revolução cognitiva do Sapiens | Paulus Editora

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22/09/2022

Neo-Humano: A sétima revolução cognitiva do Sapiens

Por Imprensa

Ficha técnica
Título: Neo-Humano – A sétima revolução cognitiva do Sapiens
Autora: Lucia Santaella
Coleção: Comunicação
Acabamento: Brochura
Formato: 13.5 (larg) x 21 (alt)
Páginas: 368
Área de interesse: Comunicação, Comunicação Digital

Obra de Lucia Santaella percorre as denominadas sete revoluções cognitivas do Sapiens

Lançada pela PAULUS Editora e compondo a coleção “Comunicação”, a obra “Neo-Humano – A sétima revolução cognitiva do Sapiens”, de Lucia Santaella, percorre as denominadas sete revoluções cognitivas do Sapiens, relacionadas à cultura, respectivamente, da oralidade, da escrita, do livro, de massas, das mídias, do digital e dos dados, a partir dos conceitos de inteligência, evolução, revolução e a extrassomatização da mente humana. Segundo a autora, a humanidade vive atualmente o seu sétimo ciclo cognitivo, marcado pela dataficação e plataformização. As consequências sociais, psicológicas e ambientais da cultura que origina o neo-humano também são discutidas, ao tratar da inteligência artificial e da nova função que os algoritmos adquiriram.

Conforme explica a autora, as sociedades humanas estão envolvidas em profundos e cruciais impasses de todas as ordens, ecológicos, tecnocientíficos, macro/ geo/ micropolíticos e sociopsíquicos. Para diagnosticar estes impasses e buscar soluções, é necessário voltar ao cerne da questão, a saber, de que é feito o humano? Segundo Santaella, a virada do não humano (nonhuman turn) engloba estudos interdisciplinares das mais diversas ordens, todos eles endereçados para o descentramento do humano no seio da biosfera.

Para fazer o diagnóstico das condições atuais, a autora elegeu a travessia do Sapiens no espaço e no tempo. “Somos seres falantes e, dessa condição comunicacional e cognitiva, foi extraído o fio condutor para a jornada argumentativa empreendida ao longo dos capítulos”, destaca. A autora parte da hipótese central de que a inteligência do Sapiens segue um processo progressivo de crescimento de complexidade que se alimenta de dois fatores: a linguagem e sua multiplicação em outras linguagens e o desenvolvimento de meios sociotécnicos.

De acordo com Santaella, pelo estado da arte hoje, seria difícil encontrar prova maior do que aquela que nos é dada pela Inteligência Artificial (IA), do vetor para o crescimento da inteligência humana. “É diante disso que podemos afirmar, sem muitos titubeios, que a IA veio para ficar, crescer e se multiplicar”, destaca. Citando o filósofo sueco Nick Bostrom, a autora afirma, entretanto, que o crescimento da inteligência coletiva não implica maior sabedoria. Sinais como a idolatria do consumo, a poluição e destruição do meio ambiente e dizimação de muitas espécies, as falhas em se remediar injustiças globais e a negligência em relação a valores humanos e espiritualidade, recrudescimento geopolítico de animosidades perigosas e a ascensão de uma direita radical “comparecem como sinais evidentes de falta de sabedoria e incapacidade mental na era moderna”, sinaliza a autora. 

A obra é dividida em 13 capítulos, com os temas: “Das revoluções às disrupções”, “Revoluções em eras evolutivas”, “O humano à luz de teses evolutivas”, “O que são eras culturais”, “Cultura da oralidade: a primeira revolução cognitiva do Sapiens”, “Cultura da escrita: a segunda revolução cognitiva do Sapiens”, “– Cultura do livro: a terceira revolução cognitiva do Sapiens”, “Cultura de massas: a quarta revolução cognitiva do Sapiens”, ” Cultura das mídias: a quinta revolução cognitiva do Sapiens”, “Cultura do digital: a sexta revolução cognitiva do Sapiens”, “Cultura dos dados: a sétima revolução cognitiva do Sapiens”, “Consequências sociopsíquicas e ambientais do limiar tecnológico”, “Do pós-humano & não humano ao neo-humano”.

Lucia Santaella é pesquisadora 1A do CNPq, professora titular na pós-graduação em Comunicação e Semiótica e em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (PUC-SP). Doutora em Teoria Literária pela PUC-SP e livre-docente em Ciências da Comunicação pela USP. Fez repetidos estágios de pós-doutorado no exterior e foi professora e pesquisadora convidada em várias universidades europeias e latino-americanas. Escreveu 53 livros e organizou 29, além da publicação de quase 500 artigos no Brasil e no exterior. Recebeu o prêmio Jabuti (2002, 2009, 2011, 2014), o prêmio Sergio Motta (2005) e o prêmio Luiz Beltrão (2010). Pela PAULUS Editora, publicou “Humanos Hiper-Híbridos: linguagens e cultura na segunda era da internet”, “Comunicação ubíqua: repercussões na cultura e na educação”, “Temas e dilemas do pós-digital: a voz da política”, “Introdução à Semiótica”, entre outros.