Ficha Técnica
Título: História das fontes do direito canônico
Autor (a): Gian Luigi Falchi / Brian Edwin Ferme
Coleção: Direito Canônico
Acabamento: Brochura
Páginas: 464
Dimensões: (AxC) 21,00 x 13,50
Área de interesse: Teologia
Obra da PAULUS estuda as origens das fontes do direito canônico e sua relevância para a história da Igreja
Publicado pela PAULUS Editora, o livro “História das fontes do direito canônico”, escrito por Gian Luigi Falchi e Brian Edwin, com tradução de Dom Denilson Geraldo, bispo auxiliar de Brasília (DF), abrange a história das fontes do direito canônico no Ocidente, das origens até o Decreto de Graciano (1140), além de oferecer uma introdução histórica aos diversos períodos e uma classificação e descrição das coleções canônicas e de outros documentos significativos.
Em linhas gerais, pode-se compreender o direito canônico como um conjunto de leis que regem a estrutura da Igreja católica Apostólica Romana. Com base no direito canônico, são regulamentados todos os segmentos da vida eclesiástica, sua organização, ensino, governo, disciplina e práticas processuais que conduzem a missão da Igreja em sua totalidade e rumo à santificação do povo de Deus e de seus membros.
Segundo a publicação, o direito canônico deve ser estudado em conjunto com o direito romano, recebido nas assim chamadas fontes. De acordo com os autores, isso permite reconstituir, além da história das fontes de estudo, também as fontes de produção do utrumque ius (isto é, do sistema coordenado entre o ius canonicum e o ius civile) e a teoria geral destas e de seu fundamento ético.
Com esse viés, a obra apresenta três partes com o total de quatorze capítulos que resgatam a trajetória do código do direito canônico. Entre os conteúdos propostos, a primeira parte destaca o tema: “O primeiro período – A época patrística: das origens à metade do século VIII”. Nesta primeira abordagem, o trabalho de pesquisa conduz os leitores ao estudo das fontes do direito canônico medieval com ênfase na história do direito canônico, resgatando suas fontes, noções e divisões ao longo dos tempos.
A primeira parte é composta por seis capítulos intitulados: “Das origens à Renovatio Imperii: Introdução histórica ao período (séculos I-VIII)”; “As coleções pseudoapostólicas (séculos I-III)”; “As coleções dos concílios (séculos IV-V)”; “A catholica lex e o direito eclesiástico imperial” e “O desenvolvimento das coleções (séculos VI-VIII)”.
Diante dos temas, os conteúdos elucidam as normas canônicas nas origens, o desenvolvimento da legislação conciliar, as coleções da alta idade média, a legislação conciliar e seus documentos, técnica e regionalidade das coleções, as coleções do Oriente e Ocidente, a legislação pontifícia e as primeiras coleções de decretais, as origens do ornamento canônico, Constantino e o Estado laico, o imperador e as comunidades hebraicas, funções sociais e institucionais da Igreja dentro do império, Estado confessional, a incorporação dos cânones dentro do direito imperial, o direito eclesiástico imperial, as coleções bizantinas (séculos VI-VIII), as últimas coleções da África, as coleções romanas no início do século VI, coleções da Itália, coleções da Espanha Visigótica, entre outras.
Já na segunda parte, os autores apresentam os temas: “Introdução histórica”, “ A época? da reforma carolíngia”, “ A incorporação do direito eclesiástico imperial”, “Da crise do mundo carolíngio ao decreto de Graciano (séculos X-XII)” e o “Direito Romano nas fontes do direito canônico da alta média”, os estudos voltam-se para a introdução histórica do direito canônico no Ocidente.
Entre os temas pertinentes à pesquisa, os autores expõem as temáticas como: A incorporação do direito canônico nas fontes do direito canônico da Alta Idade Média, o ordenamento canônico a caminho da Renovatio Imperii, o direito processual e a organização jurídica da Igreja, a afirmação da libertas Ecclesiae, as coleções do período da desagregação, as coleções da reforma de carolíngia, as falsas coleções, as leges incorporadas nas regras canônicas, a legislação em matéria de privilégios, a transmissão das leges no decretum de Graciano, a reserva do foro e a jurisdição dos bispos, a legislação dos bens eclesiásticos, a nomeação dos bispos, entre outros.
Por fim, a terceira parte trata da ciência canônica, do renascimento carolíngio, a revolução rumo à formação de uma ciência canônica e temas ligas a Graciano e a Concordia discordantuim canonum, além dos temas sobre o direito romano eclesiástico, os texto do direito canônico em material processual e direito substancial, entre outros. Esta obra é indicada para estudantes de teologia, pesquisadores, leigos e leigas e todos que desejam conhecer o papel da tradição do direito romano e do direito canônico em sua centralidade no campo teológico e eclesial.
Gian Luigi Falchi é doutor em Jurisprudência (Universidade de Cagliari) e em Direito Canônico (Pontifícia Universidade Lateranense). É professor na Faculdade de Direito Civil da Pontifícia Universidade Lateranense, da qual foi decano de 1991 a 2001. É editor da revista Studia et Documenta Historiae et Ius e coordenador do curso de especialização em Direito Romano e Direitos da Antiguidade da Pontifícia Universidade Lateranense.
Brian Edwin Ferme é doutor em Direito Canônico e em História Medieval (Oxford). Lecionou nas universidades de Oxford, Gregoriana e Lateranense. Atualmente é professor de História das Fontes do Direito Canônico na School of Canon Law da Catholic University of America. Foi decano da Pontifícia Universidade Lateranense de 1996 a 2000.