4 de fevereiro: 5º Domingo do Tempo Comum | Paulus Editora

O Domingo
4 de fevereiro: 5º Domingo do Tempo Comum

O DOMÍNIO SOBRE O MAL

O texto de Marcos é composto de três pequenas cenas: na casa, no pátio e nas aldeias. Da sinagoga, de onde irradia a ideologia (cf. domingo passado), Jesus parte para a casa, lugar da intimidade e da convivência fraterna. A casa é também a comunidade dos discípulos e discípulas.

Na casa, Jesus encontra a sogra de Pedro prostrada pela febre e, estendendo a mão, levanta-a. Imediatamente a mulher se põe a servir os presentes. À porta, no pátio, levam doentes e endemoninhados para serem curados. Do lugar íntimo (casa), a prática de Jesus torna-se pública e a ação libertadora é oferecida a todos. Depois de um momento de oração (no deserto) para recuperar as forças, Jesus parte para as aldeias.

Com a força libertadora de sua palavra, Jesus vence as forças do mal que ameaçam a vida das pessoas nos vários ambientes de convivência. O evangelho de hoje aponta o caminho da evangelização: iniciando na casa, indo para a vizinhança e concluindo nas vilas e cidades.

Na casa, Jesus não hesita em tocar uma mulher doente. Ele lhe estende a mão e a levanta. O toque, o abraço, é indispensável para quem cuida dos doentes e debilitados. A primeira preocupação de toda ação evangelizadora deveria ser o necessitado mais próximo, na família. A missão do discípulo e discípula de Jesus é estender a mão a quem necessita para torná-lo livre e, assim, também ele se fazer um servidor.

A missão de cada cristão, porém, não tem como limite o interior da casa ou da comunidade: precisa se estender aos vizinhos necessitados. Para isso, é essencial haver momentos de “deserto”, que proporcionem o cultivo da comunhão com Deus e renovem o vigor espiritual.

Com a energia renovada, física e espiritualmente, a missão pode se estender para além das fronteiras da casa e da vizinhança. Todo seguidor de Jesus deve ser um apaixonado pela vida, a exemplo do Mestre. Não
podemos nos conformar com tanto sofrimento, dor e morte. Apatia e indiferença não podem tomar conta de nós. Afinal, somos ou não portadores de esperança para as pessoas mais fragilizadas?

Pe. Nilo Luza, ssp


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

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