ARROGÂNCIA E HUMILDADE
A parábola que Jesus conta no Evangelho deste domingo nos faz pensar em duas atitudes que acompanham nossa vida: arrogância e humildade. Os dois homens que sobem ao templo para rezar representam essas duas posturas diante de Deus. O fariseu, em pé, no auge da sua arrogância, apresenta a Deus práticas religiosas (jejum e dízimo) e agradece por não ser um pecador.
Já o cobrador de impostos nem sequer tem a coragem de se aproximar e levantar os olhos para o céu. Apenas reconhece ser pecador e clama por piedade. É humilde! Jesus nos ensina que Deus escuta a oração dos humildes e despreza a dos arrogantes. Também nós possuímos essas duas maneiras de ser. Sobressairá aquela que alimentarmos mais.
Quando somos arrogantes, achamos que seremos atendidos por Deus pelas práticas religiosas que realizamos. É isso que significa “confiar na própria justiça”. Sentimo-nos merecedores por aquilo que fazemos exteriormente. Queremos reconhecimento e aplausos – as redes sociais estão cheias de “bons cristãos”. Pior ainda é quando desprezamos os outros por não trilharem o mesmo caminho que o nosso. Esse modo de ser não agrada a Deus. Pelo contrário, afasta-nos dele.
Agrada a Deus, isto sim, um coração humilde, que sabe reconhecer os próprios pecados e não se cansa de suplicar misericórdia. Quando somos humildes, não procuramos lugar de destaque nem expomos nossas boas ações. Deus conhece tudo. Além disso, sempre olhamos para o próximo movidos pela compaixão, sabendo que Deus acolhe um pecador arrependido quantas vezes forem necessárias. Ser humilde é compreender a dinâmica do Reino de Deus, onde o maior é aquele que serve.
Concluindo o mês missionário, peçamos ao Senhor que afaste de nós toda arrogância e nos dê um coração cada vez mais humilde. Que nossas palavras e ações sejam sempre missionárias, anunciando às pessoas de nosso tempo a alegria do Evangelho. O Ano Jubilar em curso nos favoreça a vivência de uma religião autêntica, baseada na fé, na esperança e no amor.
Danilo Alves Lima

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.
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