26 de agosto: 21º Domingo do Tempo Comum | Paulus Editora

O Domingo
26 de agosto: 21º Domingo do Tempo Comum

A QUEM IREMOS?

Jesus tinha acabado de deixar claro aos discípulos que só é seu seguidor de verdade quem consegue se alimentar dele, o Pão da Vida, assimilando e assumindo seu modo de viver. Uma exigência nada fácil, que convocava a um compromisso de fé para toda a vida.

Os discípulos reclamam das “palavras duras” de Jesus. Mas ele não muda o discurso. Se o Espírito é que dá a vida, mudar o discurso e suavizar sua exigência seria trair a missão que o Pai lhe havia confiado. Seguir Jesus é, no fundo, um ato de fé no Deus que se doa e quer ser alimento para todos. Sem a fé, as exigências do Mestre não serão mais que “palavras duras”, impossíveis de seguir.

Os discípulos que o abandonam levam-nos a pensar nas opções funda-
mentais que fazemos na vida. Nós nos encontramos com Jesus na oração, participamos da Eucaristia, ouvimos sua Palavra… Mas e nosso compromisso com ele? Estamos realmente reconhecendo-o nos acontecimentos, deixando que sua Palavra se faça viva em nós?

Jesus não fez pesquisa de mercado para saber o que deveria anunciar a fim de conseguir o maior número de seguidores. Não pregou a prosperidade material e individual. Convocou, isso sim, a um exigente compromisso para que, construindo comunidades, seus seguidores continuassem a trazer vida para o mundo.

Uma religião “suave”, de descompromisso com a vida de quem sofre, não é a religião de Jesus. Podemos até torcer suas palavras e suavizar seu discurso, em busca de uma “paz interior” que anestesia a consciência. Mas as palavras dele, na essência, continuarão a ser como espada afiada, a exigir de nós um “sim” fundamental de vida, e não um “talvez” ou um
“quem sabe” de uma religião de comodismo.

A afirmação de Pedro é o reconhecimento fundamental de que em Jesus se encontra a vida sem fim e que segui-lo com fé é permitir que seu Espírito continue gerando vida para o mundo. Num mundo faminto de pão e carente de vida, queremos professar que ninguém, além de nosso Mestre, pode saciar nossa fome mais profunda. Afinal, a quem poderíamos ir, senão à Fonte da Vida?

Pe. Paulo Bazaglia, ssp


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

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