25 de agosto: 21º do Tempo Comum | Paulus Editora

O Domingo
25 de agosto: 21º do Tempo Comum

A PORTA ESTREITA DA ETERNIDADE

Quando questionado sobre o número dos que se salvarão, Jesus responde com clareza: em vez de especular sobre a quantidade dos que serão salvos, é fundamental esforçar-se para entrar por uma porta estreita enquanto é tempo.

Trata-se, bem sabemos, de entrar na vida eterna, na plenitude do Reino de Deus, no convívio dos que, com o Senhor, têm tudo para sempre. Até lá, agora é o tempo que temos para agir, para encontrar a porta estreita que leva à eternidade. Uma porta estreita que podemos chamar de justiça, misericórdia, fraternidade. O capítulo sexto do Evangelho de Lucas mostra quem nos conduz a esta porta: os pobres, os famintos, os tristes e os perseguidos. Indo a eles, chegamos à porta estreita. Estando com eles, sendo solidários com eles, podemos atravessá-la, tendo-nos libertado daquilo que é supérfluo em nossa vida e que pesa no caminho: posses, títulos, arrogância, preconceitos e tudo o mais.

Isso porque desta vida nada se leva, senão o amor que aqui tivermos vivido. Jesus, aliás, alerta-nos sobre um possível mal-entendido, que seria fatal: praticar a injustiça acreditando estar fazendo o bem, acreditando estar na presença de Jesus. Um alerta contra a autossuficiência, contra o orgulho de nos considerarmos religiosos melhores que os demais e pensar que temos méritos diante de Deus. Pois, se a justiça que desejamos não se traduz em gestos concretos de amor misericordioso, então é apenas aparência, não é a justiça do Reino de Deus, não nos leva à porta estreita.

Nosso Deus é o Deus pleno de misericórdia. Trata-se da misericórdia exigente da porta estreita, que requer esforço para ser descoberta e alcançada e para não ser confundida com tantos portões abertos diante de nós, os largos portões do descompromisso e do menor esforço.

Pe. Paulo Bazaglia, ssp


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

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