23 de junho: 12º do Tempo Comum | Paulus Editora

O Domingo
23 de junho: 12º do Tempo Comum

PERDER E SALVAR A VIDA

O Evangelho de Lucas apresenta a missão de Jesus como um grande caminho da Galileia até Jerusalém. Um caminho em favor da vida, onde Jesus está em constante atitude de oração. Pois é a comunhão com o Pai, alimentada pela oração filial, que mantém Jesus em seu caminho. Jesus reza e dá testemunho de oração aos discípulos. Eles estão com Jesus em lugar retirado, vendo com os próprios olhos que uma autêntica missão só se consegue levar adiante quando alicerçada na oração, com a graça de Deus. Rezar, de fato, é apresentar nossa vida a Deus e deixar que ele nos fale e se revele como o Deus de amor.

Não é à toa, portanto, que Jesus quis saber o que pensavam dele as pessoas, mas sobretudo os discípulos que o acompanhavam de perto. Em comunhão com o Pai, Jesus sabia que o destino de sua missão eram o sofrimento, a rejeição, a morte e a ressurreição. Mas sabia também que eram grandes as expectativas dos seus compatriotas a respeito de um “Messias”, um “Cristo” glorioso que viesse com a força do alto para tomar o poder dos romanos.

A resposta de Pedro, correta, indica sua fé em Jesus como o Messias de Deus. E Jesus então, para evitar mal-entendidos, esclarece que tipo de Messias ele é: não o Messias rei poderoso, mas o Messias humano (Filho do homem) que segue o caminho da doação e do sofrimento.

É este, afinal, o caminho que Jesus deixa aos seus seguidores: caminho de renúncia a si mesmo pelo bem do outro, caminho de sofrimentos diários que encontram sentido no sofrimento maior do Mestre, o qual dá o exemplo do amor que leva a entregar tudo, até a própria vida.

De modo que a pergunta de Jesus se repropõe para nós hoje: “O que vocês dizem que eu sou?” Nossa resposta dependerá, sem dúvida, de como estamos deixando que Deus se revele a nós e de como estamos dispostos a gastar a vida, neste mundo, pela mesma causa que a de Jesus.

Pe. Paulo Bazaglia, ssp


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

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