BEM-AVENTURADO AQUELE QUE ACREDITA
É comum as pessoas considerarem bem-aventurados ou felizes os que conseguem sucesso na vida, os que acumulam riquezas, os que têm poder sobre os outros…
Isabel proclama Maria feliz porque acreditou em Deus. A alegria e a felicidade tomam conta dessas duas mulheres que se encontram, se auxiliam e celebram a vida dos filhos que elas vão dar à luz.
Essas duas mulheres são felizes porque acreditaram na palavra do Senhor e se deixaram conduzir por ela; porque sabem do valor da solidariedade, da ajuda mútua; porque apostam na vida dos seus filhos. Enfim, porque acreditam nos valores que edificam a vida, dignificam as pessoas e constroem solidariedade.
Nossos sonhos de felicidade costumam ser muito efêmeros e egoístas. Frequentemente buscamos prazeres imediatos, sem nenhum compromisso com os outros e com a felicidade e realização geral da família, da comunidade e da sociedade.
Já o salmista dizia que é feliz quem “cuida do pobre e do fraco” (Sl 41,2). Aí está o segredo da felicidade: o interesse e a preocupação pelo pobre, pelo abandonado, por aquele que precisa de mão amiga e solidária. Maria, guiada pela palavra de Deus, reconhece as dificuldades por que passava Isabel e por isso se dirige a ela e lhe presta ajuda.
Acreditando, Maria tornou possível o cumprimento da promessa de Deus à humanidade: a encarnação do próprio Filho em seu seio. Ela reconhece que esse é o jeito de Deus de tornar feliz quem se deixa por ele conduzir: onde há pequenez e fraqueza, ele realiza seu projeto. No meio dos pobres – como Maria, Isabel, Zacarias e João –, Deus faz sua morada. A salvação nasce dos pobres. Deus vem morar com eles porque os ama, trazendo-lhes a plenitude da alegria e da salvação.
Também somos convidados a exultar, a exemplo de Maria, porque Deus
se encarna nos pequenos e simples que acolhem seu projeto de vida e salvação e se põem a serviço dos necessitados. Somos benditos e felizes por sermos portadores e anunciadores do Filho de Maria.
Pe. Nilo Luza, ssp

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.
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