QUARESMA E FRATERNIDADE
Iniciamos hoje a Quaresma, que constitui o caminho de preparação para celebrar a Páscoa do Senhor – trazendo-nos forte apelo à conversão. É um tempo que nos convida à mudança de mentalidade, à luz das palavras e ações de Jesus. É um chamado a mudar de direção, isto é, a abandonar uma vida egoísta e seguir os passos do Mestre, que, passando pelo sofrimento e pela morte de cruz, nos ensina a “amar até o fim”.
Para responder ao convite a “retornar a Deus com todo o coração”, a Igreja propõe as três indicações tradicionais no caminho quaresmal: o jejum, a esmola e a oração. O jejum como sobriedade, a esmola como partilha e a oração como diálogo sincero com Deus. Não são três práticas para a autopromoção, como faziam os fariseus no tempo de Jesus, numa religião das aparências, mas três atitudes a serem vividas em segredo, como Ele nos ensina, para transformar a vida e restaurar o coração.
Tal conversão, necessariamente, deve nos levar a praticar o bem, de forma concreta no serviço aos irmãos, especialmente aos mais sofridos e necessitados. É com esse espírito que a Igreja celebra, durante a Quaresma, a Campanha da Fraternidade, que, neste ano, tem como tema “Fraternidade e amizade social” e como lema “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23,8).
A proposta é ajudar a criar maior consciência de que a fé no Deus da Vida, que se revela em Jesus, deve levar-nos a abrir o coração a todas as pessoas, também àquelas com as quais temos diferenças. Compreende o esforço contínuo de conviver numa sociedade plural, necessitada de reconciliação, e de concentrar as energias nos valores comuns, tais como os ideais de fraternidade, de justiça e de paz. Trata-se de caminho possível, se queremos conquistar o que tanto almejamos: um mundo melhor para todos!
Dom Valdir José de Castro, ssp
Bispo diocesano de Campo Limpo (SP)
É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.
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