QUE “ESTRELA” ESTAMOS SEGUINDO?
A palavra “epifania” significa “manifestação”. É a festa do recém-nascido Jesus, que se manifesta ao mundo inteiro, representado pelos magos do Oriente. Antes, porém, o Salvador havia se manifestado aos pastores, seus conterrâneos. Embora fossem pessoas simples e até malvistas, os pastores foram convidados pelo anjo do Senhor a visitar o Menino Jesus no presépio de Belém.
Quanto aos magos, deixaram-se guiar por uma estrela e, depois de superar muitos obstáculos, chegaram a Jerusalém e foram perguntar a Herodes onde podiam encontrar o recém-nascido “rei dos judeus”. Naturalmente, essa pergunta deixou o monarca apreensivo e confuso. Por isso, foi se informar junto às autoridades judaicas. Elas sabiam muito bem que o Messias devia nascer em Belém. Conheciam os detalhes sobre o rei-Messias, mas não foram procurá-lo. Herodes, já tramando como faria para eliminar o pequeno rei, pediu que, na volta, os magos lhe informassem o endereço.
Ao chegar à casa onde “viram o menino com Maria, sua mãe”, os magos o adoraram. E lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra. As ofertas apontam para o significado do Menino. O ouro indica que Jesus é rei; o incenso simboliza o culto à divindade – portanto, Jesus é Deus; a mirra mostra o lado humano de Jesus, principalmente sua condição de Servo, semelhante a nós em tudo, menos no pecado. A visitação dos magos nos põe em sintonia com as palavras do profeta Zacarias: “Povos numerosos e nações poderosas virão à procura do Senhor em Jerusalém, para aplacar o Senhor” (Zacarias 8,22). Visto que Deus conduz a história da humanidade, inspirou aos magos que voltassem “seguindo outro caminho”, evitando o reencontro com o sanguinário Herodes.
A solenidade da Epifania do Senhor nos sugere assumir ao menos duas atitudes. Primeira: ir à procura do Cristo, nosso Salvador, seguindo a “estrela”; ou seja, entrar em sintonia com os planos de Deus para cada um de nós e para todo o gênero humano. Para isso, somos impulsionados a superar os obstáculos que atrapalham nossa caminhada. Segunda atitude: após o encontro com Jesus – encontro livre e sincero –, somos impelidos a tornar-nos suas confiáveis testemunhas. Trata-se, portanto, de viver a experiência de comunhão com Deus para transmiti-la aos outros.
Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.
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