2 de abril: 5º Domingo da Quaresma | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
2 de abril: 5º Domingo da Quaresma

JESUS: FONTE DE VIDA SEM FIM

A ressurreição de Lázaro é o sétimo e último dos sinais apresentados por João no seu evangelho. O relato mostra Jesus como defensor e doador da vida. A vida comunicada por ele aos seus com o dom do Espírito vence a morte e traz a ressurreição. A cena torna-se oportunidade para Jesus revelar seu empenho em favor da vida.

Nela, além de Jesus, aparecem mais três personagens relevantes: os irmãos Lázaro, Marta e Maria. Lázaro é o morto que já foi enterrado e o motivo da vinda de Jesus. Marta vai ao encontro do Senhor e diz acreditar que, se ele estivesse presente, o irmão não teria morrido. Ademais, ela testemunha a fé na ressurreição e em Jesus, o Filho de Deus. Maria “faz sala” às visitas e chora a morte do irmão, comovendo também o Mestre.

Na ressurreição de Lázaro se manifestam a glória de Deus e o sentido mais profundo da obra que Jesus veio realizar: a passagem da morte para a vida daqueles que nele acreditam. Jesus, que é a ressurreição e a vida, mostra que a morte é uma necessidade física para herdarmos a vida plena em Deus. A morte não interrompe a vida, apenas nos abre a passagem para a eternidade.

O evangelista ressalta a humanidade de Jesus, alguém capaz de chorar com os que choram e se compadecer dos que sofrem. Ao ver a amiga chorar, também cai no choro – algo normal num ser humano. Diante da morte, a exemplo de Jesus, podemos chorar e devemos confiar em Deus, pois ele é mais forte do que a morte e deseja a todos vida eterna e plena.

O relato de hoje aponta para a ressurreição de Jesus, com uma pequena, mas importante diferença: Lázaro saiu amarrado com as mortalhas, o que significa que ele ainda necessitava ser libertado das amarras da morte e não estava livre da morte biológica – um dia voltaria ao túmulo; Jesus, ao contrário, deixou os sinais de morte (lençol e sudário) no túmulo, nunca mais seria novamente atado pela morte – venceu-a para sempre.

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Diante do túmulo do amigo Lázaro, Jesus “exclamou em voz forte: Lázaro, vem para fora”. O morto saiu, atado de mãos e pés com os lençóis mortuários e o rosto coberto com um pano (vv. 43-44). Este grito peremptório é dirigido a cada homem, porque todos estamos marcados pela morte, todos nós; é a voz daquele que é o Senhor da vida e quer que todos “a tenham em abundância” (Jo 10,10) (papa Francisco).

Pe. Nilo Luza, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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