O Domingo – Palavra
17 de agosto – ASSUNÇÃO DA BV. VIRGEM MARIA

CONSOLAÇÃO E ESPERANÇA PARA O POVO EM CAMINHO

Ao celebrarmos a solenidade da Assunção de Nossa Senhora, nosso co­ração se volta para a mulher a quem, desde pequenos, aprendemos a amar: Maria, a Mãe de Jesus. Ela o concebeu em seu seio virginal, acompanhou-o de­licadamente no tempo da gestação e o deu à luz. Sabia que ele era o “Filho do Altíssimo”, nosso Salvador, o qual reser­vou para sua hora derradeira maravilho­sa surpresa para nós. Com efeito, do al­to da cruz, Jesus nos deu incomparável presente, sua própria mãe, dizendo-lhe: “Mulher, eis aí o teu filho”, em referência ao “discípulo amado”. Depois, o Crucifica­do disse ao discípulo: “Eis aí a tua mãe”. Palavras oportunas, repletas de conforto e esperança. Não ficamos órfãos de mãe.

Ganhamos, isso sim, uma Mãe es­pecial, que experimentou alegrias, mas também enfrentou a difícil caminhada na fé. Provou a indizível dor de ver seu amado filho agonizando na cruz. Ino­cente, sem defensores e sob o peso de insolentes caçoadas. Duro golpe para a alma de uma mãe carinhosa, que nada podia fazer para livrar o filho dos tormen­tos da morte. Mãe de Jesus e nossa Mãe, com a qual queremos viver para sempre.

Sensível às seculares manifestações do povo, a Igreja entendeu que Maria, livre de qualquer mancha de pecado, foi assunta ao céu em corpo e alma, pre­servada da corrupção do corpo, sem passar pelas trevas do sepulcro. De fa­to, alguns relatos muito antigos falam da “dormição” de Maria. Outros se refe­rem à mesma realidade com a expressão “trânsito” – isto é, passagem – de Nossa Senhora. A exortação apostólica do papa São Paulo 6º afirma que a Assunção de Maria é “a festa do seu destino de pleni­tude e de bem-aventurança, da glorifi­cação da sua alma imaculada e do seu corpo virginal, da sua perfeita configu­ração com Cristo ressuscitado”.

O prefácio da Assunção de Maria, além de apresentar o sentido da festa, enche-nos de consolação e esperança, a nós que caminhamos neste mundo ru­mo ao céu, nossa pátria definitiva: “Sinal de inabalável esperança e consolo para o povo peregrino, ela é primícia e ima­gem da Igreja chamada à glória, pois não quisestes que sofresse a corrupção do sepulcro aquela que gerou, de modo ine­fável, o vosso Filho feito homem, autor de toda a vida”.

Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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