11 de agosto: 19º Domingo do Tempo Comum | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
11 de agosto: 19º Domingo do Tempo Comum

A VIGILÂNCIA NECESSÁRIA

O estudante que não se aplica e não reserva tempo para o estudo das matérias de seu curso corre sério risco de, no dia da avaliação, passar apuros e até ser reprovado. Também o jogador de futebol, se quiser um bom desempenho, terá de reservar grande parte de seu tempo para exercícios e treinos. Isso vale para quase tudo na vida, para as pequenas e grandes empreitadas.

Relacionando os exemplos acima com o evangelho de hoje, vemos que este nos chama a atenção para um dever fundamental: vigiar. A vida cristã nos pede vigilância. Vigiar é estar acordado. O vigia ou o vigilante têm o dever de ficar atentos para que nenhuma interferência interna ou externa desmobilize aquilo de que eles foram incumbidos de cuidar.

O primeiro versículo fala de um “pequeno rebanho” o qual o Senhor presenteou com seu Reino. O pequeno rebanho somos nós, a comunidade cristã. O Reino é nossa súplica no pai-nosso: “Venha a nós o vosso Reino”. O Reino, portanto, é a felicidade oferecida por Deus. Ele nos permite experimentar o Reino desde agora e, de forma plena, na eternidade.

Enquanto percorremos as travessias contraditórias desta vida, é dever de todos nós zelar pelas coisas do Reino. Ao contrário dos impérios e reinos do mundo, o reino de Deus não é regido pelo poder da força, e sim pelo poder do amor. Isso muda tudo, e foi justamente o que Jesus, durante todo o seu ministério, fez: amar.

A vigilância, portanto, encontra sua razão de ser no amor ágape, aquele amor livre de interesses egoístas
e sempre disposto a servir sem esperar nada em troca. A sentença “onde está o seu tesouro, aí está o seu coração” aponta justamente para a prioridade fundamental a que o coração do discípulo deve se dispor: amar.

O amor consiste no cuidado vigilante. Cuidado semelhante àquele que uma mãe tem pelo filhinho recém-nascido: o momento certo de amamentar, a forma afetuosa de fazê-lo dormir, o jeito delicado de mudar as fraldas, o modo tranquilo de afagá-lo no colo, a maneira serena de acalentar o choro.

Deus cuida de nós com um amor que linguagem nenhuma é capaz de expressar. O Senhor nos pede que cultivemos o mesmo amor, de modo que choremos com quem chora e nos alegremos com quem se alegra.

Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp

 


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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