DIA 26 – QUINTA-FEIRA | Paulus Editora

Liturgia Diária
DIA 26 – QUINTA-FEIRA

BEM-AVENTURADO TIAGO ALBERIONE, PRESBÍTERO E FUNDADOR

(branco – ofício da memória)

Tiago (Itália, 1884-1971), vislumbrando os desafios do século 20, intuiu a importância da comunicação para a Igreja e por isso deu início à Família Paulina, com a fundação da Sociedade de São Paulo (1914). Os Paulinos têm a missão de evangelizar com os meios e linguagens da cultura da comunicação.

Primeira Leitura: Daniel 6,12-28

Leitura da profecia de Daniel – Naqueles dias, 12aproximaram-se os chefes do reino e encontraram Daniel orando e fazendo preces a seu Deus. 13Foram ter com o rei e falaram a propósito do decreto: “Ó rei, acaso não assinaste um decreto segundo o qual toda pessoa que, nos próximos trinta dias, dirija oração a qualquer divindade ou homem que não sejas tu, ó rei, seria atirada na cova dos leões?” O rei respondeu: “O que dizeis é verdade, como manda a lei dos medos e persas, e que não se pode violar”. 14Então eles disseram perante o rei: “Daniel, um dos cativos de Judá, não fez caso de ti, ó rei, nem do decreto que assinaste, mas três vezes por dia ele faz suas preces e orações”. 15Ao ouvir isso, o rei ficou muito desapontado e tomou a resolução de salvar Daniel, empenhando-se em libertá-lo antes do pôr do sol. 16Mas aqueles homens instaram com o rei e disseram: “Não te esqueças, ó rei, de que é lei dos medos e persas que não se pode mudar nenhum decreto que o rei tenha promulgado”. 17Então o rei deu ordem para buscar Daniel e lançá-lo na cova dos leões. E disse a ele: “O teu Deus, a quem prestas culto com perseverança, haverá de salvar-te”. 18Trouxeram uma pedra e colocaram-na sobre a boca da cova, que o rei marcou com seu anel e os dos grandes da corte, para que nada se tentasse contra Daniel. 19O rei retirou-se para o palácio e foi dormir sem cear, e não quis que lhe trouxessem comida; além disso, não conseguiu conciliar o sono.

20Ao raiar do dia, levantou-se o rei e foi apressadamente à cova dos leões; 21aproximando-se da cova, chamou por Daniel com voz aflita e disse: “Daniel, servo do Deus vivo, teu Deus, a quem prestas culto com perseverança, pôde salvar-te dos leões?” 22E Daniel respondeu ao rei: “Ó rei, vive para sempre! 23O meu Deus enviou seu anjo e fechou a boca dos leões; os leões não me fizeram mal, porque, na presença dele, foi provada a minha inocência; tampouco pratiquei qualquer crime contra ti, ó rei”. 24Com isso, alegrou-se grandemente o rei e mandou tirar Daniel da cova; quando o retiraram, nenhuma lesão mostrava ele, porque acreditara em seu Deus. 25O rei mandou vir os homens que acusaram Daniel e os fez lançar na cova dos leões, juntamente com seus filhos e suas mulheres; estes não tinham chegado ao fundo da cova, e já os leões caíam sobre eles, esmagando-lhes os ossos. 26Então o rei Dario escreveu a todos os povos, nações e línguas que habitavam a terra: “Que vossa paz se multiplique. 27Está decretado por mim que, em todo o território do meu império, todos respeitem e temam o Deus de Daniel: ele é o Deus vivo que permanece para sempre, seu reino não será destruído e seu poder durará eternamente; 28ele é o libertador e o salvador, que opera sinais e maravilhas no céu e na terra. Foi ele quem salvou Daniel das garras dos leões!” – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: Dn 3

Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!

  1. Orvalhos e garoas, bendizei o Senhor! † Geada e frio, bendizei o Senhor! / Gelos e neves, bendizei o Senhor! – R.
  2. Noites e dias, bendizei o Senhor! / Luzes e trevas, bendizei o Senhor! – R.
  3. Raios e nuvens, bendizei o Senhor! / Ilhas e terra, bendizei o Senhor! – R.
Evangelho: Lucas 21,20-28

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20“Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, ficai sabendo que a sua destruição está próxima. 21Então, os que estiverem na Judeia devem fugir para as montanhas; os que estiverem no meio da cidade devem afastar-se; os que estiverem no campo não entrem na cidade. 22Pois esses dias são de vingança, para que se cumpra tudo o que diz as Escrituras. 23Infelizes das mulheres grávidas e daquelas que estiverem amamentando naqueles dias, pois haverá uma grande calamidade na terra e ira contra este povo. 24Serão mortos pela espada e levados presos para todas as nações, e Jerusalém será pisada pelos infiéis, até que o tempo dos pagãos se complete. 25Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. 26Os homens vão desmaiar de medo só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas. 27Então eles verão o Filho do homem vindo numa nuvem com grande poder e glória. 28Quando essas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

A destruição de Jerusalém (ano 70) marcará o início de nova fase do povo de Deus. Ela inaugura a época dos pagãos, que significa a chegada do Reino de Deus: “Jerusalém será pisada, até que se completem os tempos dos gentios”. O projeto do Pai não é monopólio de um só povo, mas de todos os povos. Estes formarão o novo povo de Deus. Os sinais cósmicos são símbolos da queda de uma ordem social injusta. O Filho do Homem triunfará sobre os opressores. Seu grande poder de vida se opõe aos “poderes” de morte que vacilam e caem. Diante desta reviravolta da situação, os seguidores de Jesus têm de levantar a cabeça, porque sua libertação “está próxima”. Jesus vem libertar os seus. A nova História já começou, e nós fazemos parte de sua construção.

(Dia a dia com o Evangelho 2015 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

***

Tiago Alberione nasceu a 4 de abril de 1884, em São Lourenço de Fossano, Itália. Era o quinto filho de Miguel Alberione e Teresa Alloco. Porque nascera muito fraco e seus pais temiam perdê-lo em pouco tempo, o pequeno Tiago foi batizado pelo padre João Ferrero no dia seguinte a seu nascimento, na igreja de São Lourenço.

Quando o menino recobrou as forças, sua mãe, então com 34 anos, o levou ao Santuário das Flores para consagrá-lo à Virgem Maria. Um ano depois, por causa de problemas financeiros, toda a família de Miguel Alberione mudou-se para uma colônia agrícola perto de Monte Capriolo, no município de Cherasco.

No campo, trabalhava desde o amanhecer até à noite, aproveitando o máximo possível a luz do sol ou da lua cheia. Tiago tinha que trabalhar à noite e, tomado pelo sono, balançava o lampião para todos os lados, deixando os trabalhadores no escuro; a mãe tinha que repetir: “Tiago, a luz!” Nessa frase estava oculto um grande projeto de Deus: Tiago deveria, por toda a vida, irradiar luz.

Em Cherasco, Alberione frequentou a escola primária de 1890 a 1895. Nos três primeiros anos, teve como professora Rosina Cardona, “mulher muito piedosa, verdadeira Rosa de Deus, delicadíssima no cumprimento de seus deveres”. Como Tiago sempre a recordará com estima e gratidão, foi a essa professora que ele disse, iluminado: “Vou ser padre!”

Em 1896-1897, feito o exame de admissão, ingressou no seminário menor de Brá, diocese de Turim, onde completou o ginásio. No seminário, cultivou a devoção, eucarística e mariana. No entanto, os anos transcorridos no seminário de Brá conheceram também uma queda nos estudos e no comportamento de Tiago, tanto que chegou a ser mandado de volta para casa a 7 de abril de 1900, antes de terminar o ano letivo. Demitido do seminário de Brá, Tiago voltou a Monte Capriolo para ajudar a família; mas continuava a devorar livros e a meditar inquieto sobre o futuro. Seu pároco, padre João Batista Montersino, o aconselhou a voltar ao seminário, agora em Alba, onde Tiago entrou no outono de 1900.

A noite entre 31 de dezembro de 1900 e 1° de janeiro de 1901, foi decisiva para a vida e missão do jovem Alberione, que tinha apenas 16 anos. Permaneceu por quatro horas em oração diante do Santíssimo Sacramento, solenemente exposto na Catedral de Alba. “Sentiu-se profundamente obrigado a preparar-se para fazer alguma coisa pelo Senhor e pelas pessoas do novo século”, como escreverá mais tarde. Tiago Alberione respirava ar de espiritualidade evangélica, mas também sacudido pelos angustiantes problemas sociais, econômicos e políticos.

Em 1906, quinto ano de teologia, a 14 de outubro, foi ordenado diácono, e a 29 de junho de 1907 foi ordenado presbítero, aos 23 anos de idade. A 10 de abril de 1908, terminou em Gênova o doutorado em Teologia. Nomeado vice-pároco em Narzole, encontrou pela primeira vez o jovem Timóteo Giaccardo, que se tornaria o primeiro sacerdote Paulino e que seria beatificado por João Paulo II.

Padre Alberione, após o breve período de experiência na paróquia e como diretor espiritual do Seminário de Alba, assumiu em 1913, a pedido do bispo local, a direção do jornal diocesano Gazzetta D’Alba. A nova função veio ao encontro do seu ideal: evangelizar e fazer o bem com os meios que atingissem não só as pessoas que frequentavam as igrejas, mas também as que estavam distantes.

O Senhor o guiou nesse novo empreendimento. Os mesmos meios que propagam o mal devem ser usados para difundir o bem: levar o Evangelho a todos os povos, com os meios modernos de comunicação, no espírito do Apóstolo Paulo. Obedecendo a Deus e à Igreja, dava início, em Alba, a 20 de agosto de 1914, à “Família Paulina”, com a fundação Padres e Irmãos Paulinos.

Padre Tiago Alberione faleceu a 26 de novembro de 1971 e foi beatificado pelo Papa João Paulo II a 27 de abril de 2003. Sua festa litúrgica celebra-se a 26 de novembro.


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