DIA 25 – DOMINGO | Paulus Editora

Liturgia Diária
DIA 25 – DOMINGO

RAMOS E PAIXÃO DO SENHOR

(vermelho – 2ª semana do saltério)

Seguindo os passos de Jesus no caminho da cruz, fazemos memória de sua entrada em Jerusalém. Esta solene liturgia marca o início da Semana Santa, centro do grande acontecimento da nossa fé: o mistério da paixão, morte e ressurreição do Senhor. Com os ramos nas mãos, queremos acolher aquele que vem como humilde servidor. Manifestemos nossa alegria, aclamando: “Hosana ao Filho de Davi. Bendito o que vem em nome do Senhor”.

Primeira Leitura: Isaías 50,4-7

Leitura do livro do profeta Isaías – 4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é meu auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 21(22)

Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?

  1. Riem de mim todos aqueles que me veem, / torcem os lábios e sacodem a cabeça: / “Ao Senhor se confiou, ele o liberte / e agora o salve, se é verdade que ele o ama!” – R.
  2. Cães numerosos me rodeiam furiosos, / e por um bando de malvados fui cercado. / Transpassaram minhas mãos e os meus pés, / e eu posso contar todos os meus ossos. – R.
  3. Eles repartem entre si as minhas vestes / e sorteiam entre si a minha túnica. / Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe, / ó minha força, vinde logo em meu socorro! – R.
  4. Anunciarei o vosso nome a meus irmãos / e no meio da assembleia hei de louvar-vos! / Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores, † glorificai-o, descendentes de Jacó, / e respeitai-o, toda a raça de Israel! – R.
Segunda Leitura: Filipenses 2,6-11

Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses – 6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Marcos 15,1-39 – mais breve

N (Narrador): Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo Marcos – 1Logo pela manhã, os sumos sacerdotes, com os anciãos, os mestres da lei e todo o sinédrio, reuniram-se e tomaram uma decisão. Levaram Jesus amarrado e o entregaram a Pilatos. 2E Pilatos o interrogou:

L (Leitor): Tu és o rei dos judeus?

N: Jesus respondeu:

P (Presidente): Tu o dizes.

N: 3E os sumos sacerdotes faziam muitas acusações contra Jesus. 4Pilatos o interrogou novamente:

L: Nada tens a responder? Vê de quanta coisa te acusam!

N: 5Mas Jesus não respondeu mais nada, de modo que Pilatos ficou admirado. 6Por ocasião da Páscoa, Pilatos soltava o prisioneiro que eles pedissem. 7Havia então um preso, chamado Barrabás, entre os bandidos, que, numa revolta, tinha cometido um assassinato. 8A multidão subiu a Pilatos e começou a pedir que ele fizesse como era costume. 9Pilatos perguntou:

L: Vós quereis que eu solte o rei dos judeus?

N: 10Ele bem sabia que os sumos sacerdotes haviam entregado Jesus por inveja. 11Porém os sumos sacerdotes instigaram a multidão para que Pilatos lhes soltasse Barrabás. 12Pilatos perguntou de novo:

L: Que quereis então que eu faça com o rei dos Judeus?

N: 13Mas eles tornaram a gritar:

G (Grupo ou assembleia): Crucifica-o!

N: 14Pilatos perguntou:

L: Mas que mal ele fez?

N: Eles, porém, gritaram com mais força:

G: Crucifica-o!

N: 15Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus e o entregou para ser crucificado. 16Então os soldados o levaram para dentro do palácio, isto é, o pretório, e convocaram toda a tropa. 17Vestiram Jesus com um manto vermelho, teceram uma coroa de espinhos e a puseram em sua cabeça. 18E começaram a saudá-lo:

G: Salve, rei dos judeus!

N: 19Batiam-lhe na cabeça com uma vara. Cuspiam nele e, dobrando os joelhos, prostravam-se diante dele. 20Depois de zombarem de Jesus, tiraram-lhe o manto vermelho, vestiram-no de novo com suas próprias roupas e o levaram para fora, a fim de crucificá-lo. 21Os soldados obrigaram certo Simão de Cirene, pai de Alexandre e de Rufo, que voltava do campo, a carregar a cruz. 22Levaram Jesus para o lugar chamado Gólgota, que quer dizer “Calvário”. 23Deram-lhe vinho misturado com mirra, mas ele não o tomou. 24Então o crucificaram e repartiram as suas roupas, tirando a sorte, para ver que parte caberia a cada um. 25Eram nove horas da manhã quando o crucificaram. 26E ali estava uma inscrição com o motivo de sua condenação: “O rei dos judeus”. 27Com Jesus foram crucificados dois ladrões, um à direita e outro à esquerda.(28) 29Os que por ali passavam o insultavam, balançando a cabeça e dizendo:

G: Ah! Tu que destróis o templo e o reconstróis em três dias, 30salva-te a ti mesmo, descendo da cruz!

N: 31Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, com os mestres da lei, zombavam entre si, dizendo:

G: A outros salvou, a si mesmo não pode salvar! 32O Messias, o rei de Israel… que desça agora da cruz, para que vejamos e acreditemos!

N: Os que foram crucificados com ele também o insultavam. 33Quando chegou o meio-dia, houve escuridão sobre toda a terra, até as três horas da tarde. 34Pelas três da tarde, Jesus gritou com voz forte:

P: Eloi, Eloi, lamá sabactâni?

N: Que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” 35Alguns dos que estavam ali perto, ouvindo-o, disseram:

G: Vejam, ele está chamando Elias!

N: 36Alguém correu e embebeu uma esponja em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara e lhe deu de beber, dizendo:

L: Deixai! Vamos ver se Elias vem tirá-lo da cruz.

N: 37Então Jesus deu um forte grito e expirou.

Todos se ajoelham ou se inclinam por um instante.

N: 38Nesse momento a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes. 39Quando o oficial do exército, que estava bem em frente dele, viu como Jesus havia expirado, disse:

L: Na verdade, este homem era Filho de Deus!

N: Palavra da salvação.

Reflexão:

Frustrando a expectativa messiânica da multidão, Jesus não entra em Jerusalém de forma triunfal, mas montado num jumentinho, o transporte dos pobres, afirmando assim seu messianismo pacífico, e cumprindo a profecia de Zacarias. Jesus é o primeiro a cumprir essa profecia, pois ninguém ainda tinha montado o jumentinho, reservado para o rei pacífico. É uma denúncia da história passada, normalmente caracterizada pela violência e pela dominação. Jesus não veio para dominar, mas para proclamar o reino da paz, da fraternidade  e da justiça. A aclamação corresponde à expectativa messiânica do povo: um messias, novo Davi, que vem para salvar (hosana =  salva-nos). O entusiasmo toma conta do cortejo que acompanha Jesus. Ele é a manifestação de Deus, é o verdadeiro Messias, que veio trazer a salvação para a humanidade. Ao entrar na cidade, Jesus se apresenta, não como um rei guerreiro, mas como simples homem, humilde e pacífico, que instaura o reino da verdadeira justiça.

(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)


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É um subsídio mensal que contempla toda a caminhada litúrgica de cada mês. Apresenta ao leitor algumas opções de orações eucarísticas, um breve comentário dos santos e das leituras de cada dia, uma variada opção de cantos, além de trazer, a cada domingo, uma opção de círculo bíblico.

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