Dia 11 – DOMINGO | Paulus Editora

Liturgia Diária
Dia 11 – DOMINGO

19º DO TEMPO COMUM

(verde – 3ª semana do saltério)

Considerai, Senhor, vossa aliança e não abandoneis para sempre o vosso povo. Levantai-vos, Senhor, defendei vossa causa e não desprezeis o clamor de quem vos busca (Sl 73,20.19.22s).

Somos felizes porque o Senhor nos escolheu e chamou para viver, na fé, o compromisso com Jesus. A liturgia suscita em nós o espírito de vigilância e de serviço, guiando nosso coração para Deus, cujo Reino é o nosso verdadeiro e perene tesouro. Celebremos esta Eucaristia em comunhão com os vocacionados à vida em família e, especialmente, com todos os pais.

Primeira Leitura: Sabedoria 18,6-9

Leitura do livro da Sabedoria – 6A noite da libertação fora predita a nossos pais para que, sabendo a que juramento tinham dado crédito, se conservassem intrépidos. 7Ela foi esperada por teu povo como salvação para os justos e como perdição para os inimigos. 8Com efeito, aquilo com que puniste nossos adversários serviu também para glorificar-nos, chamando-nos a ti. 9Os piedosos filhos dos bons ofereceram sacrifícios secretamente e, de comum acordo, fizeram este pacto divino: que os santos participariam solidariamente dos mesmos bens e dos mesmos perigos. Isso, enquanto entoavam antecipadamente os cânticos de seus pais. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 32(33)

Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

  1. Ó justos, alegrai-vos no Senhor! / Aos retos fica bem glorificá-lo. / Feliz o povo cujo Deus é o Senhor / e a nação que escolheu por sua herança! – R.
  2. Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem / e que confiam, esperando em seu amor, / para da morte libertar as suas vidas / e alimentá-los quando é tempo de penúria. – R.
  3. No Senhor nós esperamos confiantes, / porque ele é nosso auxílio e proteção! / Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, / da mesma forma que em vós nós esperamos! – R.
Segunda Leitura: Hebreus 11,1-2.8-19 ou 1-2.8-12

[A forma breve está entre colchetes.]

Leitura da carta aos Hebreus – [Irmãos, 1a fé é um modo de já possuir o que ainda se espera, a convicção acerca de realidades que não se veem. 2Foi a fé que valeu aos antepassados um bom testemunho. 8Foi pela fé que Abraão obedeceu à ordem de partir para uma terra que devia receber como herança e partiu sem saber para onde ia. 9Foi pela fé que ele residiu como estrangeiro na terra prometida, morando em tendas com Isaac e Jacó, os coerdeiros da mesma promessa. 10Pois esperava a cidade alicerçada que tem Deus mesmo por arquiteto e construtor. 11Foi pela fé também que Sara, embora estéril e já de idade avançada, se tornou capaz de ter filhos, porque considerou fidedigno o autor da promessa. 12É por isso também que de um só homem, já marcado pela morte, nasceu a multidão “comparável às estrelas do céu e inumerável como a areia das praias do mar”.] 13Todos esses morreram na fé. Não receberam a realização da promessa, mas a puderam ver e saudar de longe e se declararam estrangeiros e migrantes nesta terra. 14Os que falam assim demonstram que estão buscando uma pátria 15e, se se lembrassem daquela que deixaram, até teriam tempo de voltar para lá. 16Mas, agora, eles desejam uma pátria melhor, isto é, a pátria celeste. Por isso, Deus não se envergonha deles ao ser chamado o seu Deus. Pois preparou mesmo uma cidade para eles. 17Foi pela fé que Abraão, posto à prova, ofereceu Isaac; ele, o depositário da promessa, sacrificava o seu filho único, 18do qual havia sido dito: “É em Isaac que uma descendência levará o teu nome”. 19Ele estava convencido de que Deus tem poder até de ressuscitar os mortos e assim recuperou o filho – o que é também um símbolo. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Lucas 12,32-48 ou 35-40

[A forma breve está entre colchetes.]

Aleluia, aleluia, aleluia.

É preciso vigiar e ficar de prontidão; / em que dia o Senhor há de vir, não sabeis, não! (Mt 24,42.44) – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – [Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:] 32“Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar a vós o reino. 33Vendei vossos bens e dai esmola. Fazei bolsas que não se estraguem, um tesouro no céu que não se acabe; ali o ladrão não chega nem a traça corrói. 34Porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. [35Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. 36Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento para lhe abrirem imediatamente a porta, logo que ele chegar e bater. 37Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo, ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. 38E, caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão se assim os encontrar! 39Mas ficai certos, se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. 40Vós também, ficai preparados! Porque o Filho do homem vai chegar na hora em que menos o esperardes”.] 41Então Pedro disse: “Senhor, tu contas essa parábola para nós ou para todos?” 42E o Senhor respondeu: “Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor vai colocar à frente do pessoal de sua casa para dar comida a todos na hora certa? 43Feliz o empregado que o patrão, ao chegar, encontrar agindo assim! 44Em verdade eu vos digo, o senhor lhe confiará a administração de todos os seus bens. 45Porém, se aquele empregado pensar: ‘Meu patrão está demorando’ e começar a espancar os criados e as criadas, e a comer, a beber e a embriagar-se, 46o senhor daquele empregado chegará num dia inesperado e numa hora imprevista, ele o partirá ao meio e o fará participar do destino dos infiéis. 47Aquele empregado que, conhecendo a vontade do senhor, nada preparou nem agiu conforme a sua vontade será chicoteado muitas vezes. 48Porém o empregado que não conhecia essa vontade e fez coisas que merecem castigo será chicoteado poucas vezes. A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!” – Palavra da salvação.

Reflexão:

O Evangelho deste domingo inicia retomando o ensinamento sobre a atitude dos cristãos diante dos bens temporais. A comunidade de Jesus, “pequeno rebanho”, se amedronta diante dos desafios, mas o Mestre lhe oferece o Reino, que é construído a partir dos pequenos. Surge, então, a nova sociedade, fundamentada na partilha. Dar esmola é mais do que oferecer algumas moedinhas aos pedintes das ruas das cidades. Para Lucas, dar esmola é partilhar o que somos e temos. A seguir, por meio de três pequenas parábolas, o evangelista apresenta o tema da vigilância ativa na espera do Senhor, pois este pode chegar a qualquer hora. Infelizmente, vigiar assumiu conotações negativas, isto é, parece que leva à acomodação, à espera passiva e denota uma imagem negativa de Deus, que pune e castiga, levando o fiel a agir por medo. Estar com os “rins cingidos e as lâmpadas acesas” é estar preparado para as surpresas da vida, sair de si mesmo e mover-se em direção ao outro. O Senhor vem, mas a hora é incerta. O ladrão pode chegar inesperadamente. Vigilância é serviço. No texto de hoje há quatro verbos importantes: os cristãos devem estar prontos para “vender”, “caminhar”, “vigiar” e “servir”. São todos eles verbos que levam a agir, a sair do comodismo. O Senhor nos dê a graça de sermos administradores fiéis e prudentes.

(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)


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É um subsídio mensal que contempla toda a caminhada litúrgica de cada mês. Apresenta ao leitor algumas opções de orações eucarísticas, um breve comentário dos santos e das leituras de cada dia, uma variada opção de cantos, além de trazer, a cada domingo, uma opção de círculo bíblico.

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