24 – QUARTA-FEIRA | Paulus Editora

Liturgia Diária
24 – QUARTA-FEIRA

5ª SEMANA DA QUARESMA

(roxo, prefácio da paixão I, -ofício do dia)

Vós me livrais, Senhor, de meus inimigos; vós me fazeis suplantar o agressor e do homem violento me salvais! (Sl 17,48s)

Com arrogância, o rei desafia o Deus todo-poderoso, ao passo que os três jovens o invocam com humildade e são atendidos. Renovemos nossa fé na paternal bondade de Deus.

Primeira Leitura: Daniel 3,14-20.24.49.91-92.95

Leitura da profecia de Daniel – Naqueles dias, 14o rei Nabucodonosor tomou a palavra e disse: “É verdade, Sidrac, Misac e Abdênago, que não prestais culto a meus deuses e não adorais a estátua de ouro que mandei erguer? 15E agora, quando ouvirdes tocar trombeta, flauta, cítara, harpa, saltério e gaitas, e toda espécie de instrumentos, estais prontos a prostrar-vos e adorar a estátua que mandei fazer? Mas, se não fizerdes adoração, no mesmo instante sereis atirados na fornalha de fogo ardente; e qual é o deus que poderá libertar-vos de minhas mãos?” 16Sidrac, Misac e Abdênago responderam ao rei Nabucodonosor: “Não há necessidade de te respondermos sobre isso; 17se o nosso Deus, a quem rendemos culto, pode livrar-nos da fornalha de fogo ardente, ele também poderá libertar-nos de tuas mãos, ó rei. 18Mas, se ele não quiser libertar-nos, fica sabendo, ó rei, que nós não prestaremos culto a teus deuses e tampouco adoraremos a estátua de ouro que mandaste fazer”. 19A estas palavras, Nabucodonosor encheu-se de cólera contra Sidrac, Misac e Abdênago, a ponto de se alterar a expressão do rosto; deu ordem para acender a fornalha com sete vezes mais fogo que de costume 20e encarregou os soldados mais fortes do exército para amarrarem Sidrac, Misac e Abdênago e os lançarem na fornalha de fogo ardente. 24Os três jovens andavam de cá para lá no meio das chamas, entoando hinos a Deus e bendizendo ao Senhor. 49Mas o anjo do Senhor tinha descido simultaneamente na fornalha para junto de Azarias e seus companheiros. 91O rei Nabucodonosor, tomado de pasmo, levantou-se apressadamente e perguntou a seus ministros: “Porventura, não lançamos três homens bem amarrados no meio do fogo?” Responderam ao rei: “É verdade, ó rei”. 92Disse este: “Mas eu estou vendo quatro homens andando livremente no meio do fogo, sem sofrerem nenhum mal, e o aspecto do quarto homem é semelhante ao de um filho de Deus”. 95Exclamou Nabucodonosor: “Bendito seja o Deus de Sidrac, Misac e Abdênago, que enviou seu anjo e libertou seus servos, que puseram nele sua confiança e transgrediram o decreto do rei, preferindo entregar suas vidas a servir e adorar qualquer outro deus que não fosse o seu Deus”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: Dn 3

A vós louvor, honra e glória eternamente!

1. Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais. / A vós louvor, honra e glória eternamente! / Sede bendito, nome santo e glorioso. / A vós louvor, honra e glória eternamente! – R.

2. No templo santo onde refulge a vossa glória. / A vós louvor, honra e glória eternamente! / E em vosso trono de poder vitorioso. / A vós louvor, honra e glória eternamente! – R.

3. Sede bendito, que sondais as profundezas. / A vós louvor, honra e glória eternamente! / E superior aos querubins vos assentais. / A vós louvor, honra e glória eternamente! – R.

4. Sede bendito no celeste firmamento. / A vós louvor, honra e glória eternamente! – R.

5. Obras todas do Senhor, glorificai-o. / A ele louvor, honra e glória eternamente! – R.

Evangelho: João 8,31-42

Honra, glória, poder e louvor / a Jesus, nosso Deus e Senhor!

Felizes os que observam / a Palavra do Senhor de reto coração / e que produzem muitos frutos, / até o fim perseverantes! (Lc 8,15) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 31Jesus disse aos judeus que nele tinham acreditado: “Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, 32e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. 33Responderam eles: “Somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como podes dizer: ‘Vós vos tornareis livres’?” 34Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, todo aquele que comete pecado é escravo do pecado. 35O escravo não permanece para sempre numa família, mas o filho permanece nela para sempre. 36Se, pois, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres. 37Bem sei que sois descendentes de Abraão; no entanto, procurais matar-me, porque a minha palavra não é acolhida por vós. 38Eu falo o que vi junto do Pai; e vós fazeis o que ouvistes do vosso pai”. 39Eles responderam então: “O nosso pai é Abraão”. Disse-lhes Jesus: “Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão! 40Mas agora vós procurais matar-me, a mim, que vos falei a verdade que ouvi de Deus. Isto, Abraão não o fez. 41Vós fazeis as obras do vosso pai”. Disseram-lhe, então: “Nós não nascemos do adultério, temos um só pai: Deus”. 42Respondeu-lhes Jesus: “Se Deus fosse vosso Pai, vós certamente me amaríeis, porque de Deus é que eu saí e vim. Não vim por mim mesmo, mas foi ele que me enviou”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

As controvérsias entre Jesus e os judeus que tinham acreditado nele continuam. No texto de hoje, a discussão é em torno da liberdade/escravidão e filiação/paternidade. Jesus convida seus adversários a aderirem às suas palavras, para que assim sejam libertados. Eles reagem dizendo que nunca foram escravos de ninguém e alegam, inclusive, que são da descendência de Abraão. O pecado escraviza, diz Jesus, ressaltando que eles não podem esquecer que, ao longo da história, foram escravos dos impérios vizinhos. Diante da declaração de que são fi lhos de Abraão, o Mestre recorda-lhes que, sendo fi lhos de Abraão, deveriam praticar as obras dele. Os filhos, em geral, aprendem a se comportar e a fazer vendo o próprio pai. A verdade liberta quando rompemos com uma ordem injusta que impede a experiência do amor de Deus.

Oração
Divino Mestre, disseste aos teus conterrâneos: “Se Deus fosse mesmo o Pai de vocês, vocês me amariam, porque eu saí de Deus e estou aqui; não vim por mim mesmo, foi ele que me enviou”. Dá-nos compreender tua preciosa mensagem, a fim de nos aproximarmos cada vez mais de ti. Amém.

(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)


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