O lançamento da PAULUS, Presença no corpo, eutonia e psicologia analítica, de autoria do analista Junguiano francês Marcel Gaumond, reuniu especialistas e convidados na noite desta terça-feira (12/05), no espaço da Blooks Livraria no Shopping Frei Caneca, próximo ao bairro da Consolação. Entre eles, eutonistas, alunos, analistas junguianos e diversas pessoas provenientes de outras áreas acadêmicas interessadas no tema. O lançamento ocorreu via conferência com o autor, diretamente do Canadá e possibilitou uma explanação sobre o conceito da obra.

Para a organizadora do livro na versão em português, a eutonista Patrícia Decot Pernambuco, a Eutonia pode ser entendida como uma abordagem corporal, criada pela Alemã Gerda Alexander (1908-1994) em meados do século passado. Trata-se de uma abordagem muito antiga, que tem por objetivo promover o equilíbrio físico e o psíquico através do toque, do movimento, do cuidado com a postura e da atenção às sensações corporais. A Eutonia, segundo ela, trata das tensões e estimula a integração da imagem ao corpo.

Dessa forma, desenvolve um trabalho com o indivíduo para estar atento a si, e de ter consciência corporal, conforme o livro da PAULUS, Presença no Corpo. A versão francesa – Du corps à l’ âme – orienta, como uma via de enraizamento, um processo de individuação que acontece pela via do corpo. “É um trabalho terapêutico, mais não é uma psicoterapia”, afirma Patrícia.

Para Ana Rita Adan, eutonista formada pelo Instituto Gerda Alexander, atuante na área da Eutonia com o grupo de fibromialgia na Unifesp, a obra dará foco ao link da psique, ajuda na literatura da Eutonia, e instrumentalizará o leitor para o acesso, para ter essa percepção entre o trabalho do corpo, o que melhora de maneira significativa a qualidade de vida, pois prepara o ser humano e o coloca em contato com ele mesmo, permitindo trabalhar o corpo, mente e espírito.

O autor revelou que encontrou semelhança com o título original. Segundo ele, partindo da versão original, o livro fala da presença a si próprio, posse do corpo, não só a presença física, mas, todo material psíquico, tudo que emana a psique do corpo. Gaumond também lembrou das vivências com a criadora da Eutonia, Gerda Alexander.

Ao estudar o conceito, o autor admitiu que ficou espantado em ver como o corpo podia ser o objeto da presença atenta a si mesmo, no corporal e psíquico. Para o estudo da obra, Marcel Gaumond pediu aos analistas e eutonistas que não ficassem presos aos pré-saberes e seus preceitos, e que permaneçam atentos à receptividade, ao captar o que o corpo traz, e toda sua história.

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