Escritora Marina Colasanti abre a 13ª edição do Simpósio PAULUS de Educação | Paulus Editora

Notícias

25/05/2018

Escritora Marina Colasanti abre a 13ª edição do Simpósio PAULUS de Educação

Por Imprensa

Momento de aprendizagem com temas da educação reúne especialistas e professores na FAPCOM

(Marina Colasanti na abertura do evento)

A PAULUS Editora em parceria com a FAPCOM – Faculdade PAULUS de Comunicação realizou, nesta quinta-feira (24), a 13ª edição do Simpósio PAULUS de Educação. Com o tema “Diálogo entre Comunicação, Tecnologia e Educação”, o evento reuniu dezenas de profissionais da área da educação, e teve como principais objetivos a integração, a troca de ideais e reciclagem dos profissionais, com projetos de fomento e incentivo à leitura, entre outras ações.

Após as boas-vindas realizadas pelo padre Mario Nahuelpán, Diretor de Difusão da editora e a Coordenadora de Divulgação e Eventos da PAULUS, Dílvia Ludvichak, a primeira palestra foi conduzida por uma das mais premiadas autoras brasileiras, Marina Colasanti responsável por mais de quarenta livros, entre infantis e juvenis. A escritora abordou o tema “A literatura como ferramenta de leitura do mundo: uma abordagem crítica aos contos de fadas”. Segundo ela, os contos de fadas mantêm sua vitalidade intacta ao longo do tempo, porque falam da alma e do comportamento humano. Marina apresentou as diversas teorias que indicam as origens das narrativas conhecidas e transmitidas ainda hoje, passando pela pré-história, idade média e chegando ao que conhecemos.

Logo após a palestra, Marina Colasanti falou da satisfação de participar do 13º Simpósio PAULUS de Educação. “É muito comovente para o autor saber dos relatos das pessoas. São pessoas que trabalham com os seus textos, leitores que foram contaminados na juventude, pessoas que te acompanham e trazem resultados de sala de aula, de contação de histórias em hospitais, e isso é muito bom. Espero que a conversa, que durou mais de uma hora, tenha tido resultados múltiplos, se eu tivesse só uma mensagem, que pobre teria sido essa conversa. Eu espero que cada um tenha tirado algo que lhe sirva para a compreensão dos contos maravilhosos, que sirva para trabalhar em sala de aula e que sirva como respostas para suas próprias inquietações e suas próprias dúvidas. Foi uma conversa que, obedecendo a um título, transitou por várias áreas, falamos de antropologia, sociologia, fizemos leituras e escritas. Acredito que tivemos vários ganchos possíveis para aprendizagem”, finaliza.

(Workshop “Formação do leitor: papel do professor”com o autor João Pedro Roriz)

Ainda na parte da manhã aconteceram nove workshops, com os seguintes temas: “A mais bela história é sua”! – A estética do contar”, ministrada pela comunicóloga Antonia Andréa Sousa; “Neurociência na sala de aula” – Vamos fazer neurônios?, com a especialista em Neuroeducação Adriessa Santos; “O imaginário da criança interna através da arteterapia e da literatura”, conduzida pela psicóloga e escritora Mônica Gutmann; “Reflexões no exercício de avaliar”, com a pedagoga Julia Masson; “Formação do leitor: papel do professor”, ministrado pelo escritor João Pedro Roriz; “A educação necessária para o mundo de hoje”, com a autora Lourdes Atié; “Educação libertadora”, dirigida pelo professor Martinho Condini; “Ética do desejo e ética de valores na educação”, com Pe. Luiz Baronto e “Games na educação”, conduzido pelo professor do curso de Jogos Digitais da Faculdade Impacta, Luiz Augusto Barna.

O palestrante João Pedro Roriz, também falou de sua participação no evento. “Na formação para os professores ressalto a questão da leitura de uma maneira mais profunda, considerando história tudo aquilo que a gente cria, e como a gente interpreta, de que maneira diferenciamos o que é história literária das histórias da vida real. Chamamos de real, e na verdade são realidades criadas. Penso que a literatura participa deste processo, ela é inventiva e nos ajuda a nos tornarmos mais criativos e a cooperar em conjunto. Ela é uma forma de laboratório da vida social. Essa construção é coletiva e em muitos aspectos nos torna senhores de nós mesmos”.

Para ele, o desafio é aplicar essa literatura em sala de aula, fazer com que os alunos não só compreendam que eles estão incluídos nessas “realidades criadas”, como também é importante trazer a ideia que eles podem evoluir tanto no vocabulário, na inteligência cognitiva e na inteligência emocional utilizando a literatura.

“É uma grande responsabilidade! Os professores são transformadores da realidade, costumo dizer que a escola é a última resistência que existe entre uma materialidade cética e uma materialidade flexível capaz de ser modificada. Acredito que o professor deve primeiro conhecer o seu aluno, tentar entender que não existe método que se aplique a todos. Essa é maior dificuldade do professor, adaptar cada realidade em seu contexto”, finaliza.

A pedagoga Stefani de Oliveira Borges, que trabalha na creche do Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, na zona leste de São Paulo, afirma que o evento foi prazeroso, trouxe diversas informações e conhecimento. Para a também pedagoga, Maria de Lourdes, que participou pela primeira vez do simpósio, o evento veio de encontro as suas expectativas. “Gostei muito da palestra ministrada pela escritora Marina Colasanti, acredito que devemos nos preocupar com os nossos leitores de hoje. E estou aqui para me reciclar”, diz.

Na opinião do professor Fábio Pereira de Abreu, participante assíduo de outras edições do simpósio, tanto o espaço como as temáticas escolhidas para essa edição estavam excelentes. “Já tinha participado de outros simpósios e em cada edição procuro acompanhar. A PAULUS sempre surpreende, escolhendo boas pessoas para fazer esse trabalho, foi fantástica a palestra da Marina Colasanti”, relata.