No último Sábado (16/05), a PAULUS Livraria Vila Mariana realizou o lançamento da obra Dicionário da Evangelii gaudium, de autoria de Paulo Suess. O evento contou com a presença de leigos e religiosos, e proporcionou aos presentes, compreender de maneira enriquecedora a ideia central da obra com base nas inspirações do autor. Suess discursou sobre as ideias renovadoras do Papa Francisco, e os motivos que o levaram a escrever a obra.

Segundo Paulo Suess, o Sumo Pontífice retoma as inspirações essenciais do Vaticano II, e vai além quando apresenta o documento Evangelii gaudium – A alegria do Evangelho.  Para Suess, é preciso continuar com os objetivos do Concílio Vaticano II, não juntando verdades, mas praticando a misericórdia.

Neste contexto, Suess ressalta que o ano de 2015, considerado pelo Papa o ano  da Misericórdia, é justamente um  pouco da continuidade do Concílio, onde, por meio da mensagem do documento, Francisco não só fala, mas põe em prática seus ensinamentos, o que é visto nas suas mais variadas ações de misericórdia, ao mesmo tempo que ele mesmo se coloca como pecador.  A novidade dessa prática e sinais, segundo o autor, está no ato de enxergar as pessoas de forma concreta.

Para ele, Francisco retoma a metodologia indutiva, do método ver, julgar e agir. Quando perguntado sobre as razões que levaram a escrever a obra Dicionário da Evangelii gaudium, Suess diz se tratar de uma questão prática. Escreveu para os agentes de pastorais, padres, leigos, que muitas vezes não possuem tempo disponível para ler o documento todo, e por inúmeras vezes se encontram confundidos com alguns verbetes. “É possível reconstruir com o dicionário o tema da justiça, a verdade e a missão”. Segundo ele, a obra possibilita conhecer de forma sistematizada o documento em torno das 50 palavras – chaves, o que facilita os trabalhos dos agentes.

O autor também falou da importância da divulgação do pensamento do papa, que, para ele, vive uma solidão institucional. “Precisamos dar divulgação para este pensamento que fora da Igreja é bem mais apreciado”. Paulo Suess falou da importância do conteúdo para as paróquias e comunidades, que com mudanças e passar do tempo, perderam a capacidade de voar, e ressaltou o pedido do Papa aos movimentos, da criação de propostas corajosas, o que é possível identificar em cada verbete da obra. “Quem sabe criamos coragem para colocá-los em prática”, finaliza o autor.

Para a participante Maria Auxiliadora Galhano Silva, a leitura do texto é indispensável, principalmente para os agentes de pastorais. Para ela, o trabalho realizado é uma maneira de aprofundar a reflexão. Por meio dos 50 verbetes, é possível entender melhor o documento Evangelii gaudium, que segundo ela, muitas vezes é estudado nos grupos da paróquia, mas nem sempre é interpretado de maneira correta. “O conteúdo trouxe uma nova compreensão, alargou os horizontes, foi possível estabelecer paralelos, pois conseguimos mergulhar nas entrelinhas do pensamento do Papa Francisco. Fizemos uma reeleitura enriquecedora do documento”.

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