12º Simpósio de Educação PAULUS abordou diversos temas voltados para educação, ambiente escolar e literatura infantojuvenil | Paulus Editora

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26/05/2017

12º Simpósio de Educação PAULUS abordou diversos temas voltados para educação, ambiente escolar e literatura infantojuvenil

Por Imprensa

O 12º Simpósio de Educação PAULUS, realizado na última quinta-feira (25), no auditório da Faculdade PAULUS de Comunicação – FAPCOM, recebeu docentes para atualização e formação dentro do segmento educacional. O evento foi dividido em dois momentos: pela manhã, palestra e mesa de debate; à tarde, os workshops.

A doutora em Teoria da Literatura Eliane Debus deu início à programação do Simpósio com a palestra Tendências da literatura infantil contemporânea e sua repercussão na formação de leitores. Na sequência, ampliou a temática mediando a mesa de debate Literatura infantil e juvenil: gêneros, leitura e ensino, composta pela autora e doutora em Teoria Literária e Literatura Comparada Gloria Kirinus, pelo ilustrador e designer Bill Borges, pelo escritor e folclorista Marco Haurélio e pela comunicóloga Shirley Souza.

Eliane Debus apresentou uma panorâmica sobre as tendências da literatura infantil contemporânea, marcando as temáticas mais presentes no mercado editorial brasileiro. Também forneceu um pequeno histórico de como o movimento educacional contribuiu em diversos momentos para acionar o mercado editorial para a publicação de títulos, temáticas e gêneros. Gloria Kirinus enriqueceu o debate ao falar de sua experiência de 32 anos com a literatura e despertou uma reflexão: “Como é triste o professor que não aprendeu a poesia”.

O ilustrador Bill Borges falou sobre o processo de criação e enfatizou que considera o editor – de quem recebe os trabalhos – o maestro, quem conduz e direciona a obra. Neste sentido, na maioria das vezes, ele não mantém contato com o autor dos livros. Para Borges, quem ilustra prefere a surpresa em receber os textos e despertar a surpresa ao entregar a ilustração. Ele ressalta a importância do evento: “Como participante, autor e ilustrador, dentro desse mundo literário, acho fundamental esse debate. Assim, novos conceitos e pensamentos surgem, e dúvidas que às vezes os educadores tinham sobre o trabalho literário se esclarecem. Acho fundamental todo o tipo de debate, abrir mesmo a mesa, a roda, para conversar, chamar mais gente. Divulgar a literatura é fundamental; o país precisa disso”. O ilustrador finaliza com uma mensagem: “Incentivem as crianças (a desenhar); todo mundo tem seu traço”.

O autor e folclorista Marco Haurélio contou como nasceu sua história com o cordel e com as cantigas. Declamou algumas poesias e trouxe alguns livros do acervo de sua avó Luzia, fonte de inspiração para seu trabalho. A comunicóloga Shirley Souza iniciou e concluiu sua fala citando o poeta Antonio Machado: “Caminhante, não há caminho… o caminho se faz ao caminhar”. A autora destacou como algumas estratégias pedagógicas podem representar um ganho para a literatura. “No momento em que se faz uma roda e, por meio do livro, se abre uma conversa, o livro ganha vida.”

No período da tarde, os professores participaram das oficinas escolhidas no ato da inscrição, entre as oito opções disponíveis: Lavra-Palavra: vitalidade poética na vida e na sala de aula; Neurociência na sala de aula: vamos fazer neurônios?; O eu, o outro, o grupo e a media; Contando, cantando e brincando; Biblioteca escolar: espaço em ocupação; Como abordar o tema sexualidade na sala de aula? Educação para pensar: Filosofia com crianças e Estratégias para a construção de redação e provas do Enem e ENADE.

Este encontro ficou marcado pela troca de experiências e novos conhecimentos adquiridos. A professora da região de Santo André Rafaela Priorato relata a importância do momento e quantas reflexões foram despertadas: “Achei interessante a visão dos autores, aberta e contemporânea, de saber que os nossos alunos devem ler o que eles gostam. Assim, abrimos caminhos para a leitura, sem dizer o que é bom ou ruim. A prática pedagógica é isto, é saber o que está acontecendo na vida dos alunos, estar presente para eles, ser parte da vida deles. O evento é essencial para a formação dos professores, para a construção do saber e para reencontrarmos amigos”, finaliza.

A professora Adriana Rigiman também manifestou a importância do Simpósio. “Acredito que, se tivéssemos mais oportunidades, seria possível desmistificar algumas coisas que estão enraizadas na cultura dentro da escola – como, por exemplo, que só certos autores são indicados para leitura. Aprendemos que é preciso organizar, de forma encadeada, os gêneros para apresentar aos alunos, despertar o prazer pela leitura, povoar o imaginário com o repertório que outros nos trazem. Oportunidades assim contribuem bastante tanto para o desenvolvimento do trabalho pedagógico do professor, quanto para a aprendizagem dos alunos e o despertar para o prazer da leitura”, conclui.