102 anos do nascimento de Dom Paulo Evaristo Arns, o “cardeal da esperança” | Paulus Editora

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12/09/2023

102 anos do nascimento de Dom Paulo Evaristo Arns, o “cardeal da esperança”

Por Imprensa

Em 14 de setembro de 1921, nascia em Forquilhinha (SC) Dom Paulo Evaristo Arns. Arcebispo emérito da arquidiocese de São Paulo, ele ficou conhecido por seu trabalho junto aos mais necessitados e, de maneira especial, na sua atuação em favor da democracia. Seu lema episcopal, “De esperança em esperança”, foi um traço muito característico da vida e vocação do religioso. O cardeal faleceu em São Paulo, em 14 de dezembro de 2016, aos 95 anos.

Dom Paulo ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1939, tornando-se presbítero em 1945. Formou-se em Línguas clássicas e Patrística pela Universidade Sorbonne de Paris. Foi professor em Petrópolis (RJ) e jornalista e, em 1966 foi nomeado bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo, de onde tornou-se arcebispo em 1970 e cardeal em 1973.

Publicada recentemente pela PAULUS Editora, a obra “Profetas e místicos em terra brasileira – história, espiritualidade e lutas” dedica um capítulo a Dom Paulo. Intitulado “O profetismo de Dom Paulo Evaristo Arns”, o artigo escrito por Maria Cecília Domezi, Wagner Lopes Sanchez e Welder Lancieri Marchini destacam, de modo especial, os desafios enfrentados pelo arcebispo à frente da Igreja Católica na cidade de São Paulo.

De acordo com os autores, “Profeta é aquele que propõe, que constrói, é aquele que, junto com a comunidade, busca alternativas e caminhos de valorização da pessoa e da dignidade humana”. Segundo o livro, a nomeação e chegada do franciscano na cidade de São Paulo caracteriza também um tempo de conversão do religioso, diante da nova realidade que se apresentava. “O período de sua nomeação como bispo, em 1966, representa um novo período em sua vida, sendo possível, inclusive, afirmar que se trata de um tempo de conversão, aqui no sentido de entender que Paulo busca viver a radicalidade cristã, em muito impelido pelos casos de tortura e desrespeito aos direitos políticos e cidadãos que eram comuns no período”, afirmam os especialistas.

Além de Dom Paulo Evaristo Arns, a publicação resgata a trajetória de mulheres e homens que lutaram por um outro mundo, tendo como horizonte a utopia do Reino de Deus, como Aloísio Lorscheider, Carlos Mesters, Dorothy Stang, Helder Câmara, Ivone Gebara, Zilda Arns, entre outros. Saiba mais.