10 de novembro – 32° DOMINGO COMUM | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
10 de novembro – 32° DOMINGO COMUM

EM NOME DA FELICIDADE

 Há dias em que a vida parece vazia, uma angústia insiste em nos pôr para baixo. Há dias em que o mundo parece não ter jeito, em que tudo vira um caos. Há dias em que só sabemos reclamar. A liturgia de hoje quer nos tornar despertos para uma realidade nova. Deus não nos fez para a tristeza, nem para o desânimo, muito menos para o fracasso. Ele nos criou para a felicidade plena.

Nesta celebração, aprendemos uma lição para a vida: a felicidade é um presente! Presente de Deus. E ninguém tem o direito de nos roubar essa dádiva. No mundo há quem queira poder mais do que Deus. Há quem se considere dono das coisas e das pessoas, da vida, e por isso busca impor sofrimento aos outros, atirar fardos sobre os ombros de muitos. A firmeza dos sete jovens, na primeira leitura, mostra que quem confia em Deus não baixa a cabeça nas dificuldades, perseguições, angústias e calamidades. A firmeza deles nos diz hoje que não devemos desistir do projeto de Deus em nossa vida. Não devemos trocar o projeto de Deus pelos projetos egoístas.

Jesus Cristo é, por excelência, modelo da adesão e da fidelidade a Deus. A comunidade cristã tem a garantia de que, caminhando na estrada de Jesus, está segura. Não está imune à dor, ao sofrimento, porque ainda vivemos num mundo marcado pelo pecado. Mas a vida é mais que o sofrimento presente. Desde agora os cristãos, em Jesus Cristo, experimentam a certeza da felicidade. Nós ressuscitamos com ele todo dia e, no futuro, teremos a vida plenamente realizada. É o que chamamos de salvação. Não se trata de algo somente para um futuro distante. A salvação acontece no agora, na labuta diária.

Trata-se do nosso testemunho de fé vivido na história. A salvação é dom de Deus, é a graça divina agindo em nós. As orientações da segunda leitura vão justamente  no sentido de dizer à comunidade que é preciso ter os pés firmes no chão para alcançar a eternidade. Não somos salvos como que num passe de mágica. Jesus nos salvou por amor, esvaziando-se totalmente. Também somos chamados a nos esvaziar do egoísmo e nos encher da alegria do serviço ao próximo, aos mais necessitados de vida, aos tristes e desiludidos do mundo. Nada de orgulho. Tudo o que fizermos é fruto da graça de Deus. Sem ela, todo esforço seria inútil.

Veja-se a atitude dos saduceus no evangelho. Eles faziam parte de uma classe aristocrática de homens ape­gados à lei escrita. Conservadores, pretendiam manter a situação para não comprometerem os benefícios políticos, sociais e eco­nômicos de que desfrutavam. Na controvérsia com Jesus, parecem totalmente convencidos de sua sabedoria. Não se dão conta, porém,de que a sabedoria verdadeira supera os rigores da lei. A sabedoria verdadeira é Jesus. Ele é a plenitude da lei. Ele é a ressurreição e a vida. Quem nele crê, mesmo que morra, viverá (Jo 11,25).

Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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