PertenSER na convivência, pertenSER na vida

23/11/2023

Por Comunicação PAULUS Social

Pertencer. Sendo Existindo e Resistindo foi um percurso que provocou o sentimento de pertença dos adolescentes do Centro Paulus de Convivência – Freguesia do Ó.

“Sobre o Percurso desse mês, tivemos muitas conversas legais sobre as favelas e vários assuntos. Falamos sobre as violências existentes por lá e como o povo é guerreiro e tenta lutar contra a discriminação existente por lá” (Ana Clara)

“Nesse mês com o educador Roger, vimos muitas coisas sobre comunidades e favelas. As muitas culturas de lá, vimos também artistas que nasceram e foram criados nas comunidades e hoje em dia levam as artes da favela para o mundo todo, para que as pessoas percebam a beleza desses lugares e não continuem com tanto preconceito.” (Mmillena)

Eles se conectarem com a mágica de estar no mundo a partir das palavras afetivas, de resistência e saber se expressar pelas figuras das letras, somadas aos desenhos intuitivos é uma maneira de praticar o autocuidado, se conhecer melhor e observar o mundo e a rua como um lugar também de encontros férteis e com a possibilidade do outro. 

“Um lugar que existe muita gente honesta, apesar do que pensam e falam por aí. Tem pessoas que trabalham e estudam, existem também as que fazem coisas ‘erradas’. (Nicoly)

A convivência vinda de diferentes casas, lugares do bairro e território em torno do Centro PAULUS de Convivência; tem um ponto de encontro e nossos atendidos serão provocados nesse lugar do pensar.

“Na favela tem buracos, casas e também prédios. Existem ruas barulhentas, por ter muita gente morando junto. Existem pessoas que estudam, trabalham, faz faculdade e também artistas, como vimos no percurso que o Roger trouxe pra gente. Vimos que existe atividades que ajudam a desenvolver a comunidade e isso é muito bom.” (Fernanda)

“Para mim, a favela não é um lugar perigoso. Eu moro nela e vejo que muitas pessoas assim como eu, acham a favela um lugar alegre, onde as pessoas se ajudam. Também tem uma coisa importante por aqui, que muitas pessoas têm histórias boas e tocantes pra contar.” (Sophia)

Os adolescentes conheceram e pesquisaram através de artistas periféricos que hoje são importantes referências não só para o próprio território, mas também para todos os tipos de pessoas que gostam de se expressar através da escrita, poesia e desenhos, que muitas vezes são os primeiros contatos com a forma de se expressar, brincar e até mesmo Ser, Existir e Resistir. 

“Nós vimos que artistas usaram códigos existentes nas favelas, como camiseta de time, óculos, cortes de cabelo, por exemplo, para mostrar e transformar a realidade e quebrar o preconceito. Na favela também ja teve pessoas importantes que morreram defendendo direitos dos que moram lá, como a Marielle Franco” (Helena)