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Bíblia Sagrada - Edição Pastoral
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Javé, o libertador -* 1 Vejam sobre os montes os passos de um mensageiro que anuncia a paz: «Judá, celebre suas festas, cumpra seus votos, porque o iníquo nunca mais atravessará você; ele foi totalmente destruído». 3 Javé restaura a vinha de Jacó, e também a vinha de Israel, pois os ladrões a tinham depredado e até os brotos lhe haviam arrancado.

II. A DESTRUIÇÃO DOOPRESSOR

Assalto e conquista de Nínive -* 2 Contra você avança um destruidor! Guarde o quartel, vigie o caminho, aperte o cinto, reúna todas as suas forças.

4 O escudo dos guerreiros se avermelha, os valentes se vestem de escarlate; os carros brilham como fogo e, na hora de montar, os cavaleiros tremem. 5 Pelas ruas correm carros loucamente, passam correndo pelas praças, parecem tochas de fogo, correndo feito coriscos. 6 São convocados os mais corajosos, que tropeçam na corrida; eles se lançam para a muralha, formando a cobertura de escudos.

7 Rompem-se as barragens do rio e o palácio desaba. 8 A deusa foi exilada, foi levada embora, e as suas sacerdotisas gemem como pombas e batem no peito. 9 Nínive parece uma represa com suas águas vazando. «Parem! ParemMas ninguém volta atrás. 10 «Saqueiem a prata, saqueiem o ouro». O tesouro não tem fim, um montão de objetos de valor. 11 Ruína, vazio, solidão! O coração falha, os joelhos tremem, um calafrio na espinha de todos, e todas as faces empalidecem.

A toca do opressor -* 12 Onde está a toca dos leões? Onde está a caverna dos leõezinhos, para onde ia o leão com a leoa e seus filhotes, sem que ninguém os incomodasse? 13 Para alimentar seus filhotes o leão estraçalhava, e para suas leoas estrangulava, enchia a caverna de carnes, enchia a toca de caça.

14 Pois eu agora estou contra você! - oráculo de Javé dos exércitos. Seus carros arderão fumegando e a espada devorará seus filhotes. Farei desaparecer da terra suas caças, e a voz de seus mensageiros nunca mais será ouvida.




* 9-14: Javé, Senhor do universo, também é Senhor da história: é ele quem dirige os acontecimentos, erguendo-se como juiz entre seu povo oprimido (vv. 12-13) e a Assíria, que encara o poder opressor (vv. 9.11-14). Para seu povo fiel, Javé é força de libertação («é bom»); para o opressor, porém, ele se torna força de aniquilação («vingador e cheio de ira»). É assim que se realiza a justiça na história.



* 2,1.3: Naum descreve o mensageiro que anuncia a derrota do opressor. Começa uma nova era: Javé vai restaurar o reino do Sul (Judá) e o do Norte (Israel); este fora destruído pela Assíria em 722 a.C. O profeta imagina talvez a reunificação de todo o povo, tendo como capital Jerusalém.



* 2,2-3,19: O profeta descreve de modo cinematográfico a queda de Nínive. Para os opressores, tudo é luto, lamentação, ruína; para os oprimidos, a destruição é princípio de libertação e, portanto, de festa, alegria e restauração. O Deus do universo e da história destrói a cidade que era, conforme os critérios de quem domina, símbolo de perenidade, estabilidade e firmeza. Javé realiza a inversão desse modo de conceber a história. O Magnificat exprime, com clareza a brevidade, esse agir de Deus. «Ele derruba do trono os poderosos e eleva os humildes» (Lc 1,5).

2,2-4-11: Em mural de extraordinária beleza, Naum pinta o assalto, a confusão e tomada de Nínive. O fato aconteceu no ano 612 a.C.






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