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Bíblia Sagrada - Edição Pastoral
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Ai de vocês, ricos! -* 1 E agora vocês, ricos: comecem a chorar e gritar por causa das desgraças que estão para cair sobre vocês. 2 Suas riquezas estão podres, suas roupas foram roídas pela traça; 3 o ouro e a prata de vocês estão enferrujados; e a ferrugem deles será testemunha contra vocês, e como fogo lhes devorará a carne. Vocês amontoaram tesouros para o fim dos tempos. 4 Vejam o salário dos trabalhadores que fizeram a colheita nos campos de vocês: retido por vocês, esse salário clama, e os protestos dos cortadores chegaram aos ouvidos do Senhor dos exércitos. 5 Vocês tiveram na terra uma vida de conforto e luxo; vocês estão ficando gordos para o dia da matança! 6 Vocês condenaram e mataram o justo, e ele não conseguiu defender-se.

Perseverança e paciência cristã -* 7 Irmãos, sejam pacientes até a vinda do Senhor. Olhem o agricultor: ele espera pacientemente o fruto precioso da terra, até receber a chuva do outono e da primavera. 8 Sejam pacientes vocês também; fortaleçam os corações, pois a vinda do Senhor está próxima. 9 Irmãos, não se queixem uns dos outros, para não serem julgados. Vejam: o juiz está às portas.

10 Irmãos, tomem como exemplo de sofrimento e paciência os profetas que falam em nome do Senhor. 11 Nós consideramos felizes os que foram perseverantes. Vocês ouviram falar da constância de e conhecem o fim que o Senhor reservou para ele, porque o Senhor é rico em compaixão e misericórdia.

Juramento e verdade -* 12 Sobretudo, irmãos, não jurem: nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outra coisa; que o «sim» de vocês seja sim, e que o «não» seja não, para não se exporem ao julgamento.

A unção dos enfermos -* 13 Alguém de vocês está sofrendo? Reze. Está alegre? Cante. 14* Alguém de vocês está doente? Mande chamar os presbíteros da Igreja para que rezem por ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. 15 A oração feita com salvará o doente: o Senhor o levantará e, se ele tiver pecados, será perdoado.

Confissão e oração -* 16 Confessem mutuamente os próprios pecados e rezem uns pelos outros, para serem curados. A oração do justo, feita com insistência, tem muita força. 17 Elias era homem fraco como nós. No entanto, ele rezou bastante para que não chovesse, e não choveu sobre a terra durante três anos e meio. 18 Depois ele rezou de novo, e o céu mandou chuva, e a terra produziu seu fruto.

Valor do auxílio fraterno -* 19 Meus irmãos, se alguém de vocês se afasta da verdade e outro o faz voltar, 20 fique este sabendo que a pessoa que reconduz um pecador do caminho errado, salvará a si mesma da morte e cobrirá uma multidão de pecados.

 




* 5,1-6: Tiago critica agora os proprietários que se enriquecem à custa dos trabalhadores. Visando unicamente ao lucro, esses latifundiários cometem graves injustiças sociais: retenção do salário devido aos operários (cf. Dt 24,14); acumulação de riquezas que não revertem para o bem comum, mas servem unicamente para uma vida regalada e luxuosa; opressão jurídica e condenações conseguidas graças ao suborno contra os pobres inocentes que não têm meios de defesa. Fruto do roubo e da injustiça, o tesouro amontoado pelos ricos será testemunho que os condenará na hora do julgamento.



* 7-11: A fé cristã está permeada de esperança de grandes transformações. Muitas vezes, depois de uma ação prolongada e constante, o cristão pode sentir-se desanimado, ao ver que essas transformações não acontecem como se esperava. Tiago traz o exemplo do agricultor: o grão, depois de plantado, não dá nenhum sinal de vida. Mas o agricultor sabe que surgirá a planta e depois os frutos. A atitude cristã deve ser a mesma: perseverante e cheia de confiança, na certeza de que tais transformações, passo a passo, se realizarão, manifestando a vinda do Senhor.



* 12: Cf. nota em Mt 5,33-37.



* 13-18: O texto salienta a eficácia da oração, que é mencionada sete vezes.



* 14-15: No caso de doença, Tiago exorta para que a comunidade intervenha através dos responsáveis, aqui chamados de presbíteros. A unção do doente com óleo, juntamente com a invocação do poder do Senhor, assegura para o doente a salvação, isto é, o bem-estar físico (recuperação) e espiritual (o perdão dos pecados). A fórmula «em nome do Senhor» relembra a do batismo (cf. At 2,38). Mencionando a fé e o gesto dos presbíteros, que impunham as mãos, Tiago mostra que a unção dos enfermos é ato sacramental, que simboliza e transmite dom de salvação.



* 16: O perdão dos pecados é um gesto que Jesus confiou à comunidade cristã (cf. Mt 18,18; Jo 20,23). É a comunidade unida, e de comum acordo, que pode libertar o fiel de tudo aquilo que o separa de Deus e dos irmãos (cf. Mt 18,19-20). A forma que o sacramento da confissão foi adquirindo através da história depende da disciplina da Igreja.



* 19-20: O irmão se afasta da verdade quando perde a fé em Jesus e se afasta da comunidade. O amor fraterno e o perdão podem reconduzir os que se afastaram (cf. Mt 18,15.21-22), e também são proveitosos para quem os reconduziu (cf. 1Pd 4,8).






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