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Bíblia Sagrada - Edição Pastoral
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34*

VI. JULGAMENTO E SALVAÇÃO

Deus condena os opressores -* 1 Aproximem-se, nações, para ouvir; povos, prestem atenção. Que a terra escute e os que nela habitam, o mundo e tudo o que ele produz, 2 pois Javé está irado contra todas as nações e enfurecido contra todos os seus exércitos. os consagrou todos à eliminação total, entregou todo mundo à matança. 3 Seus mortos são jogados fora, dos cadáveres exala mau cheiro, e os montes se alagam com o seu sangue; 4 o exército do céu se desmancha, o céu se enrola como pergaminho, e seus astros caem como caem as folhas da parreira, como caem as folhas da figueira, 5 pois a espada de Javé ficou embriagada no céu. Vejam: ela se precipita sobre Edom, um povo que destinei para a destruição. 6 A espada de Javé está pingando sangue, está banhada de gordura, cheia do sangue de cordeiros e cabritos, da gordura do lombo dos carneiros, para que se ofereça um sacrifício a Javé em Bosra, uma enorme matança no país de Edom. 7 Com eles morrem também búfalos, bezerros junto com touros. A sua terra se empapa de sangue, o chão está banhado de gordura, 8 pois esse é um dia de vingança para Javé, é um dia de acerto de contas em favor de Sião.

9 Os seus córregos se transformarão em piche, o da sua terra em breu e o seu chão ficará como piche fervendo. 10 Passam dias e noites e o chão não se esfria, fica soltando sua fumaça para sempre. De geração em geração fica no abandono, e era após era ninguém mais passa por aí. 11 Seus herdeiros são o pelicano e o ouriço; a coruja e o urubu fazem aí sua morada. Javé estenderá aí o prumo do caos e o nível da confusão. 12 Não haverá nobres para proclamar um rei, os seus chefes desaparecerão. 13 Crescerão espinhos em seus palácios e em suas fortalezas ervas daninhas e urtigas; será morada do lobo, esconderijo dos filhotes de avestruz. 14 vão se encontrar o gato do mato e a hiena, o cabrito selvagem chamará seus companheiros; aí Lilit vai descansar, encontrando um lugar de repouso. 15 vai se aninhar a cobra, que botará, chocará os seus ovos e recolherá sua ninhada em sua sombra; aí se reunirão as aves de rapina, cada qual com sua companheira.

16 Pesquisem o livro de Javé e leiam: não faltará nenhum deles, nenhum estará sem o seu companheiro, porque assim ordenou a boca de Javé e o seu sopro os reuniu. 17 Foi ele mesmo quem tirou a sorte, foi o próprio Deus quem pegou a corda para medir as divisas de cada um. Serão eles os proprietários para sempre, de geração em geração eles aí vão morar.




* 34-35: Estes capítulos, escritos no período pós-exílico, formam o assim chamado «Pequeno Apocalipse de Isaías». O povo de Deus encontra-se dominado pelas nações e em situação bastante precária. Com imagens fortes, o texto anuncia o julgamento das nações opressoras e a restauração de Jerusalém, sinal de salvação numa terra nova e pacificada.



* 34,1-17: Em meio à dominação das potências estrangeiras, que exploram economicamente e dominam com a política, um profeta anuncia o julgamento que Javé realizará sobre essas nações. Um redator, mais tarde, acrescentou a menção de Edom (vv. 5-6) que, para Israel, é o protótipo do inimigo. O texto é uma crítica veemente às grandes potências, anunciando a falência delas. Soa como grande intimação frente ao orgulho e injustiça com que os poderosos desfiguram a integridade da vida humana.






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