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Bíblia Sagrada - Edição Pastoral
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IV. CAMINHO PARA A RESSURREIÇÃO DO POVO

Responsabilidade do profeta -* 1 Recebi de Javé a seguinte mensagem: 2 «Criatura humana, diga ao seu povo: Quando eu mando a espada contra um país, o povo desse país escolhe uma pessoa e a coloca como vigia. 3 Se o vigia a espada chegando, ele toca a trombeta para avisar o povo. 4 Se alguém ouve a trombeta e não fica de prontidão, a espada virá e o apanhará. E ele será responsável pelo seu próprio sangue, 5 porque ouviu o toque da trombeta, mas não se preveniu, e terá que responder com seu próprio sangue; se tivesse ficado de prontidão, teria salvado a própria vida. 6 Se o vigia a espada chegando e não toca a trombeta, e o povo não fica de prontidão, a espada chega e surpreende alguns do povo; estes morrem por causa de sua própria culpa, mas é do vigia que eu pedirei contas do sangue.

7 Criatura humana, eu o coloquei como vigia da casa de Israel. Quando você ouvir minha mensagem, você precisa avisá-los. 8 Se para o injusto eu digo: ‘Injusto, é certo que você vai morrer’, se você não avisa o injusto para que mude de comportamento, o injusto morrerá por causa de sua própria culpa, mas é a você que eu pedirei contas do sangue dele. 9 Ao contrário, se você prevenir o injusto para que ele mude de comportamento, e ele não mudar, ele morrerá por causa de sua própria culpa, mas você terá salva a sua própria vida».

Cada um é responsável pelo próprio destino -* 10 «Criatura humana, diga à casa de Israel: Vocês andam dizendo: ‘Nós temos muitos crimes e pecados nas costas. Por causa deles, estamos nos acabando. Como é que ainda poderemos sobreviver?’ 11 Diga-lhes: Juro por minha vida - oráculo do Senhor Javé: Não sinto nenhum prazer com a morte do injusto. O que eu quero, é que ele mude de comportamento e viva. Convertam-se, convertam-se do seu mau comportamento. Por que vocês querem morrer, israelitas?

12 Criatura humana, diga ao seu povo: Nem a justiça do justo o salvará no dia em que ele pecar, nem a injustiça do injusto o arruinará quando ele se converter de sua injustiça. Portanto, o justo não poderá viver por sua justiça, no dia em que pecar. 13 Se eu disser que o justo vai sobreviver, e ele, confiando no que fez de correto, começar a praticar a injustiça, tudo o que ele tiver feito de bom não será mais lembrado; ele morrerá por causa da injustiça cometida. 14 Se eu disser ao injusto que ele vai morrer, mas ele se converter do seu pecado e praticar o direito e a justiça, 15 devolvendo o penhor recebido, restituindo o que roubou, passando a viver conforme os preceitos que dão vida, de modo a não praticar mais a injustiça, ele sobreviverá e não morrerá. 16 Ninguém vai lembrar a ele os pecados que cometeu; se fez o que é justo e direito, ele continuará vivo.

17 Seus compatriotas retrucarão: ‘Não é justa a maneira do Senhor agir!’ Pelo contrário: a maneira de vocês agirem é que não é justa. 18 Quando aquele que era justo desiste do seu viver honesto e começa a praticar a injustiça, ele merece morrer, por causa da injustiça que passou a praticar. 19 Quando aquele que é mau desiste de suas maldades e começa a praticar o que é justo e honesto, ele merece continuar vivo por causa disso. 20 Mas vocês continuam dizendo: ‘A maneira de agir do Senhor não é justa!’ Pois bem, casa de Israel! Eu vou julgar vocês de acordo com a maneira de viver de cada um».

Tudo está consumado -* 21 No dia cinco do décimo mês do ano doze do nosso exílio, um fugitivo de Jerusalém veio procurar-me para dizer que a cidade tinha sido destruída. 22 Na tarde anterior, antes que o fugitivo me procurasse, o poder de Javé tinha pousado sobre mim, e abriu a minha boca de manhã, quando ele me procurou. Minha boca se abriu e não voltei a ficar mudo.

A única saída -* 23 Recebi de Javé a seguinte mensagem: 24 «Criatura humana, os habitantes das ruínas na terra de Israel estão dizendo: ‘Abraão era um só e foi dono desta terra. Pois nós agora somos muitos, e com maior razão recebemos esta terra como propriedade definitiva!’ 25 Pois diga-lhes: Assim diz o Senhor Javé: Vocês comem no alto dos montes, levantam seus olhos para seus ídolos e derramam sangue. E ainda vão continuar donos da terra? 26 Vocês se apóiam nas espadas, praticam abominações, cada um desrespeita a mulher do seu próximo. E vão ainda continuar donos da terra? 27 Pois diga-lhes: Assim diz o Senhor Javé: Juro por minha vida, que aqueles que estão entre as ruínas serão mortos pela espada, aqueles que estão no campo serão alimento para as feras, e aqueles que estão em grutas e cavernas vão morrer de peste. 28 Farei do país um lugar arrasado e deserto. O orgulho da sua força vai se acabar e os montes de Israel ficarão desertos, sem nenhum transeunte. 29 Quando eu fizer de Israel um lugar arrasado e deserto, por causa de todas as abominações que praticaram, eles ficarão sabendo que eu sou Javé».

Função do profeta -* 30 «Criatura humana, o pessoal do seu povo vive falando a seu respeito ao longo das muralhas e junto à porta das casas. Vivem comentando entre si: ‘Vamos ver qual é a palavra que Javé vai mandar para nós!’ 31 Depois, em bandos eles vêm procurar você, sentam-se à sua frente e ouvem o que você diz. Mas não praticam nada. Praticam as mentiras que eles mesmos falam. E o coração delesquer saber de lucro. 32 Para eles, você é uma canção de amor: voz bonita e acompanhamento agradável. Eles ouvem o que você diz e não colocam nada em prática. 33 Mas quando se realizar o que você diz, e isso vai ser logo, eles vão ficar sabendo que havia um profeta no meio deles».




* 33,1-9: Ao iniciar uma nova etapa da sua atividade, Ezequiel recorda a missão do profeta. Cf. nota em 3,16-21.



* 10-20: Cf. nota em 18,1-32.



* 21-22: Cf. nota em 3,22-27 e 24,25-27. Com a notícia da destruição de Jerusalém, termina uma fase da atividade do profeta. Ele recupera a fala, porque vai começar uma nova etapa.



* 23-29: Depois da queda de Jerusalém, aparecem várias tentativas de criar um futuro novo (cf. Jr 39-43). Contudo, para Ezequiel, a ruína é resultado da decadência, e já não há remédio: é inútil apelar para a descendência de Abraão. Agora, a saída para o futuro não está no patrimônio do passado, mas na conversão ao projeto de Deus.



* 30-33: A função do profeta não é falar do que o povo gosta, mas ajudá-lo a discernir as situações, a partir do projeto de Deus, a fim de tomar posições conseqüentes, tarefa nem sempre muito agradável. Em geral, o profeta não é ouvido, e sua palavra só é reconhecida depois que tudo aconteceu.






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