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Bíblia Sagrada - Edição Pastoral
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O tempo não passa... -* 1 O homem vive na terra cumprindo um serviço militar, e seus dias são como os do diarista: 2 tal e qual um escravo, ele suspira pela sombra e, como o diarista, espera pelo seu salário. 3 Assim, a minha herança são meses de ilusão, e a mim couberam noites de fadiga. 4 Ao me deitar, fico pensando: ‘Quando me levantarei?’ A noite é muito longa, e me canso de ficar rolando na cama até a aurora. 5 Minha carne está cheia de vermes e feridas, e minha pele se rompe e supura.

...e a vida é um sopro -* 6 Meus dias correm velozes como a lançadeira, e se consomem sem qualquer esperança. 7 Lembra-te! A minha vida é um sopro, e os meus olhos nunca mais verão a felicidade. 8 Os olhos de quem me , não me enxergarão mais. Teus olhos me procurarão, mas eu não existirei. 9 Como nuvem que passa e se desfaz, quem desce ao túmulo, nunca mais subirá; 10 nunca mais retornará à sua casa, e sua morada nunca mais o reverá.

11 Por isso, não ficarei calado; meu espírito angustiado falará e minha alma entristecida se queixará. 12 Por acaso sou o Mar ou o Dragão, para me colocares mordaça? 13 Quando penso que o leito me aliviará e minha cama abrandará meus gemidos, 14 então me espantas com sonhos e me aterrorizas com pesadelos. 15 Eu preferiria morrer sufocado. Antes a morte do que estas dores! 16 Eu não vou viver para sempre! Deixa-me, pois os meus dias são apenas um sopro.

Não é melhor perdoar? -* 17 O que é o homem, para fazeres tanto caso dele, para fixares tua atenção sobre ele, 18 a ponto de examiná-lo a cada manhã e testá-lo a cada momento? 19 Por que não paras de me espionar, deixando-me ao menos engolir a saliva? 20 Caso eu tenha pecado, o que foi que eu te fiz? Espião da humanidade, por que me tomaste como alvo, e me transformaste em peso para ti? 21 Por que não perdoas o meu pecado, e não afastas de mim a minha culpa? Olha! Logo eu me deitarei no : tu me procurarás tateando, e eu não existirei mais».




* 7,1-5: A condição do doente é tão dolorosa, que o tempo parece arrastar-se lentamente. Por trás da impaciência esconde-se o anseio pela cura ou, se esta é impossível, pela libertação do sofrimento através da morte.



* 6-16: A dor não só provoca a sensação de que o tempo se arrasta, mas também faz descobrir que a vida é extremamente curta e frágil. Jó começa a inflar-se sentindo-se um monstro (v. 12) perseguido por Deus: de dia, pelo sofrimento atroz; de noite, pelo terror dos pesadelos. No entanto, sabe que Deus o ama, e logo acrescenta: Se Deus continuar me tratando assim, quando me procurar não me encontrará mais (cf. v. 8).



* 17-21: É uma espécie de paródia do salmo 8: enquanto o salmista se maravilha com os cuidados que Deus tem pelo homem, Jó reclama da severa vigilância com que Deus persegue o homem. No v. 21 reaparece a mesma chantagem do v. 8: Não será melhor Deus perdoar? Caso contrário, quando ele me procurar, será tarde demais.






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