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Bíblia Sagrada - Edição Pastoral
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IV. O CULTO AO DEUS DO ÊXODO

1 Na região montanhosa de Efraim havia um homem que se chamava Micas. 2 Um dia, ele falou à sua mãe: «Lembra-se daquelas mil e cem moedas de prata que a senhora pensou que tinham sido roubadas, e inclusive amaldiçoou o ladrão, na minha frente? Aqui está o dinheiro. Fui eu que o peguei». Sua mãe falou: «Que Javé o abençoe, meu filho3 Micas devolveu as mil e cem moedas à sua mãe, que disse: «Eu tinha reservado esse dinheiro para Javé, em favor de meu filho, para fazer uma estátua e um ídolo de metal fundido». 4 E Micas devolveu o dinheiro à sua mãe. Ela pegou duzentas moedas e as deu ao ourives para fazer uma estátua e um ídolo de metal fundido, que foram colocados na casa de Micas. 5 Micas tinha um santuário. Fez um efod e uns ídolos domésticos, e consagrou como sacerdote um de seus filhos. 6 Nesse tempo não havia rei em Israel, e cada um fazia o que lhe parecia correto.

7 Havia, em Judá, um jovem de Belém, do clã de Judá, que era levita e morava aí como imigrante. 8 Ele deixou a cidade de Belém em Judá, com intenção de se estabelecer onde pudesse. Enquanto viajava, passou pela região montanhosa de Efraim, e chegou à casa de Micas. 9 E Micas lhe perguntou: «De onde você vem?» Ele respondeu: «Sou levita de Belém de Judá, e estou de viagem para me estabelecer onde puder». 10 Micas lhe propôs: «Fique comigo, e seja para mim como pai e sacerdote. Eu lhe darei dez moedas de prata por ano, além da roupa e da comida». 11 O levita concordou em ficar com Micas, e este o tratou como a um filho. 12 Micas consagrou o levita, e o jovem ficou na casa de Micas como sacerdote. 13 E Micas pensou: «Agora estou certo de que Javé vai me favorecer, pois tenho este levita como sacerdote».




* 17-18: Estes capítulos, conservando narrativas antigas, procuram dar um panorama de como o culto a Javé se desenvolveu na época de Israel antes da monarquia. Em épocas mais remotas, o culto era feito em família, e o pai era o sacerdote, ou alguém nomeado por ele. Na falta do pai, a mãe tomava a iniciativa de estabelecer o culto (17,1-6). Depois, essa atividade sacerdotal começou a ser realizada pelos levitas itinerantes, que moravam junto a uma família e exerciam o cargo a troco do próprio sustento (17,7-13). Mais tarde, esses levitas também serviram como foco de união cultual de toda uma tribo (18,19-20). Não havia ainda nenhum santuário central para todas as tribos. A única coisa que se procurava preservar, através dessa religiosidade popular, era a adoração a Javé, o Deus do êxodo. Durante a monarquia, esse culto foi centralizado em Jerusalém.

O cap. 18 preserva também um fato histórico: a migração da tribo de Dã para o norte. Isso aconteceu porque o território onde Dã se havia estabelecido não era favorável, por causa da forte pressão dos filisteus.






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