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Bíblia Sagrada - Edição Pastoral
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Saber discernir -* 1 Amados, não dêem crédito a todos os que se dizem inspirados; antes, examinem os espíritos, para saber se vêm de Deus, pois no mundo apareceram muitos falsos profetas. 2 Para saber se alguém é inspirado por Deus, sigam esta norma: fala da parte de Deus todo aquele que reconhece que Jesus Cristo se encarnou. 3 Todo aquele que não reconhece a Jesus, não fala da parte de Deus. Esse tal é o espírito do Anticristo; vocês ouviram dizer que ele vinha, mas ele está no mundo.

4 Filhinhos, vocês são de Deus e venceram os Anticristos, pois aquele que está com vocês é maior do que aquele que está com o mundo. 5 Eles pertencem ao mundo; por isso falam a linguagem do mundo e o mundo os ouve. 6 Nós, porém, somos de Deus. Por isso, quem conhece a Deus, nos ouve; e quem não é de Deus, não nos ouve. Com isso podemos distinguir o espírito da Verdade do espírito do erro.

III. O AMOR E A FÉ

Deus é amor -* 7 Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor vem de Deus. E todo aquele que ama, nasceu de Deus e conhece a Deus. 8 Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. 9 Nisto se tornou visível o amor de Deus entre nós: Deus enviou o seu Filho único a este mundo, para dar-nos a vida por meio dele. 10 E o amor consiste no seguinte: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou, e nos enviou o seu Filho como vítima expiatória por nossos pecados.

11 Amados, se Deus nos amou a tal ponto, também nós devemos amar-nos uns aos outros. 12 Ninguém jamais viu Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus está conosco, e o seu amor se realiza completamente entre nós. 13 Nisto reconhecemos que permanecemos com Deus, e ele conosco: ele nos deu o seu Espírito. 14 E nós vimos e testemunhamos que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. 15 Quando alguém confessa que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece com ele, e ele com Deus. 16 E nós reconhecemos o amor que Deus tem por nós e acreditamos nesse amor. Deus é amor: quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus permanece nele.

17 Nisto se realizou completamente o amor entre nós: o fato de termos plena confiança no dia do julgamento, porque tal como Jesus é, assim somos nós neste mundo. 18 No amor não existe medo; pelo contrário, o amor perfeito lança fora o medo, porque o medo supõe castigo. Por conseguinte, quem sente medo ainda não está realizado no amor. 19 Quanto a nós, amemos, porque ele nos amou primeiro. 20 Se alguém diz: «Eu amo a Deus», e no entanto odeia o seu irmão, esse tal é mentiroso; pois quem não ama o seu irmão, a quem , não poderá amar a Deus, a quem não . 21 E este é justamente o mandamento que dele recebemos: quem ama a Deus, ame também o seu irmão.




* 4,1-6: Os cristãos se deparam continuamente com religiões, projetos políticos, propostas sociais, sistemas de pensamento, e todos eles se apresentam como salvadores. Como discernir o que vem de Deus e o que é tapeação que vem do mundo? Como distinguir a verdade do erro? João nos mostra que o critério está no projeto que Deus manifestou através de Jesus encarnado: ele realizou uma prática que promovia a vida e a liberdade dos homens. Todo projeto (religião, pensamento, sistema ou proposta) que não coincida com a prática de Jesus não vem de Deus.



* 7-21: O centro da vida é a prática do amor. Esse amor testemunha concreta e visivelmente o conhecimento e a união que temos com Deus, com seu Filho e com o Espírito. De fato, Deus Pai torna-se conhecido pelos homens no ato de dar, por amor, o seu Filho ao mundo (Jo 3,16). O Filho é conhecido pela entrega de si mesmo, no amor, até o fim (Jo 13,1). O Espírito gera a memória do Pai e do Filho nos cristãos, isto é, a própria vida no amor. A fé na Trindade é a teoria de uma prática que se expressa no amor concreto aos irmãos, a quem Deus ama. A incoerência fundamental seria afirmar uma fé na Trindade que não correspondesse à prática do amor. João deixa claro que o julgamento de Deus será feito sobre a prática do amor vivida ou não (cf. Mt 25,31-46). Por isso, quem ama não teme o julgamento.






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