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SEGUNDA CARTA A TIMÓTEO
COMBATER O BOM COMBATE
Introdução
Embora trate dos mesmos temas da 1ª carta a Timóteo e da carta a Tito, a 2.+ carta a Timóteo é um escrito bem mais pessoal. O interesse central se desloca da comunidade cristã (1Tm e Tt) para a relação pessoal entre Paulo e Timóteo, tornando esta carta muito semelhante à carta a Filemon.
Paulo está de novo na prisão em Roma, provavelmente pelo ano 67. As condições são duras, bem diferentes da prisão domiciliar, quando ainda podia pregar livremente (At 28,16). O Apóstolo se sente só, ninguém o defendeu no tribunal, seus dias estão contados, e ele se prepara para o martírio. Diante do abandono, incompreensão, torturas e próxima execução, Paulo continua firme e dá graças. Antes da morte, deseja rever seu «amado filho Timóteo» e confirmá-lo na missão. Este é apresentado com traços mais precisos: uma pessoa sensível (1,4), às vezes indecisa e sem coragem (1,8). Ficamos também sabendo de sua avó Lóide e de sua mãe Eunice (1,5), exemplos de fé para Timóteo.
O tema central da carta são as considerações sobre os «últimos dias». Trata-se dos últimos tempos de Paulo, prisioneiro, doravante próximo a partir, e também dos últimos tempos da Igreja. Assim, o Apóstolo deseja rever Timóteo. Relembra os próprios sofrimentos e experimenta o conforto de ter «combatido o bom combate», e a certeza de receber a coroa da justiça. De outra parte, recomenda a Timóteo: não envergonhar-se do Evangelho, mas proclamá-lo com integridade; tomar cuidado com as «palavras vãs» de falsos pregadores que aparecerão nos últimos tempos, apresentando falsas doutrinas; vigiar a si mesmo e manter-se perseverante, mesmo que deva sofrer junto com Paulo por causa do Evangelho.