12 de julho: 15º Domingo do Tempo Comum | Paulus Editora

O Domingo – Palavra
12 de julho: 15º Domingo do Tempo Comum

EM MISSÃO: DOIS A DOIS

Jesus envia os discípulos dois a dois. Para dizer: ninguém faz nada sozinho. Na comunidade dos seguidores do caminho, a comunidade é fundamental e o trabalho em equipe, indispensável!

Os seguidores de Jesus são convencidos de que a missão é exigente. Por isso, devem ser leves. Nada de penduricalhos. Basta o essencial. A mesma autoridade que é de Jesus, ele a dá também aos missionários. Expulsar os espíritos impuros, os demônios; ou seja, tudo o que representa o antirreino na sua forma mais crua, inatingível.

No tempo de Jesus não se sabia explicar o que significavam as doenças – por exemplo, as doenças da mente. Então eram explicadas como uma forma do mal, do demônio. A revelação do reino começa justamente no enfrentamento dessa força, daquilo que tira da pessoa o direito de ser feliz. A chegada do reino de Deus é a certeza da felicidade plena, acessível a todos.

Jesus deixa claro que o reino de Deus tem de ser anunciado com rapidez. Não há tempo a perder. O discípulo é alguém resolvido, não fica criando dificuldades no caminho nem fazendo cálculos disso e daquilo. Levar cajado e sandálias tem que ver com a preparação. Evangelizar exige preparo. A atividade evangelizadora não pode ser amadora. Daí a necessidade de formação constante. O discípulo está em permanente aprendizagem, tem humildade para aprender.

Se em algum lugar os discípulos não forem aceitos, não devem esbravejar discursos condenatórios. Devem, no entanto, “sacudir o pó”. Ou seja, seguir livremente o caminho, sem jamais se deixar pesar pela rejeição. Nisso se entrevê o respeito que o discípulo tem pela liberdade do outro. O lamento por causa da rejeição não faz parte do processo de evangelização. O coração do discípulo é permeado de generosidade. Na generosidade não há espaço para lamentações vazias.

O anúncio da conversão é a centralidade da missão. Converter-se, na perspectiva do Evangelho de Marcos, é algo alegre. Significa voltar para Deus, que se volta para nós. Conversão é alegria, é a virada em direção a Deus. Quem se volta para o Senhor da vida só pode ter o coração repleto de alegria. Alegria contagiante, que faz a vida ter o gosto da eternidade. A missão do discípulo é semear essa alegria em toda parte, sobretudo nas “periferias existenciais”.

Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp


O Domingo – Palavra

O objetivo deste periódico é celebrar a presença de Deus na caminhada do povo e servir às comunidades eclesiais na preparação e realização da Liturgia da Palavra. Ele contém as leituras litúrgicas de cada domingo, proposta de reflexão, cantos do Hinário litúrgico da CNBB e um artigo que trata da liturgia do dia ou de algum acontecimento eclesial.

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