22 de setembro: 25º domingo comum | Paulus Editora

O Domingo
22 de setembro: 25º domingo comum

DEUS OU O DINHEIRO?

A história do administrador desonesto não foi contada por Jesus como elogio à desonestidade. O que Jesus elogiou foi a decisão do administrador de fazer amigos.

O versículo 13 dá a chave para compreender a parábola: não é possível servir igualmente a dois senhores, não é possível servir a Deus e ao dinheiro. E então entendemos o elogio de Jesus àquele homem que, por meios até discutíveis, toma o partido dos que estão endividados.

A riqueza, bem sabemos, está na raiz de tantas divisões e guerras. Acumulada nas mãos de poucos, representa a miséria de multidões. Jesus, porém, fala da sabedoria de fazer amigos com a riqueza, de criar relações de fraternidade onde a lógica egoísta do acúmulo cria divisão.

A atitude daquele administrador é louvável, pois representa a atitude de quem reconhece que toda e qualquer riqueza pertence a Deus e só a ele se deve servir.

Fala-se muito hoje num mundo ecologicamente sustentável, em que os efeitos da ganância não releguem aos lixões tantas vidas humanas. Um mundo ecologicamente sustentável é o mundo de amigos que se querem bem, que se respeitam, que vivem com sobriedade e sem a ganância desenfreada de, a todo custo, ter sempre mais.

Somos apenas administradores dos bens do criador e deste mundo nada de material levaremos. A questão então é sempre a mesma para cada um de nós: como administradores, estamos servindo a quem? À riqueza, aos interesses de quem faz dinheiro desonesto, ou a Deus, solidários com seus filhos necessitados e endividados?

Lutemos por um mundo sustentável, pela beleza da criação de nosso Deus. Alarguemos nossas redes de amigos, compartilhando os bens que são de Deus, vivendo com simplicidade. Para não acontecer, como disse são Basílio, que, enterrando nosso ouro, acabemos por enterrar nosso próprio coração.

Pe. Paulo Bazaglia, ssp


O Domingo

É um periódico que tem a missão de colaborar na animação das comunidades cristãs em seus momentos de celebração eucarística. Ele é composto pelas leituras litúrgicas de cada domingo, uma proposta de oração eucarística, cantos próprios e adequados para cada parte da missa e duas colunas, uma reflete sobre o evangelho do dia e a outra sobre temas relacionados à vida da Igreja.

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